JORGE JESUS, UM HOMEM SEM QUALIDADES
Jorge Jesus está a
viver à custa do Benfica desde o Natal. Verdadeiramente, deve ao Benfica tudo o
que lhe tem sido pago. Mas deixemos isto agora.
Como toda a gente
ligada ao futebol se recordará, a segunda passagem de Jorge Jesus pelo Benfica
foi um completo desastre, sob todos os pontos de vista.
Foi um desastre, porque
Vieira trouxe para o clube um treinador que a maior parte dos sócios e dos
adeptos não queria. Um homem em quem não confiavam como pessoa nem como técnico.
Foi um desastre, porque
para contratar Jorge Jesus, o Benfica teve de pôr de parte o que parecia ser o
seu projecto desportivo, para assumir o do treinador, que é, como a anterior
passagem de 6 anos já tinha demonstrado, um projecto caro e errático, assente
na contratação de muitos jogadores, a maior parte deles sem valia para jogar no
Benfica.
Foi ainda um desastre,
porque foi uma passagem muitíssimo cara, sem qualquer retorno.
E foi um desastre,
fundamentalmente, por ter tido como consequência algo que nunca tinha
acontecido ao Benfica: afugentou dos estádios os adeptos benfiquistas em todo o
país e pôs os poucos que assistiam aos jogos a apupar a equipa.
E foi, por último, um
desastre por o futebol praticado pela equipa ser de fraquíssima qualidade.
Perante este quadro,
Jesus se fosse um homem de carácter, teria pedido ao presidente para sair e
para lhe perdoar a indemnização de 10 milhões de euros por rompimento do contrato,
o que certamente lhe teria sido concedido.
Jesus não o fez, embora
tenha reconhecido que já não tinha condições para continuar depois de os jogadores,
numa espécie de rebelião, se terem recusado a treinar com ele. Perante esta
excepcional ocorrência, Jesus embora reconhecendo que não tinha condições para continuar,
exigiu, para sair, que o Benfica lhe pagasse os ordenados até ao fim do
contrato.
O que se passou foi
isto. O que aconteceu depois de Jesus ter saído até à sua recente viagem ao
Brasil, foi a propaganda que os amigos do costume fizeram dele para o tentar
colocar num clube “à altura”: Como esse clube não apareceu, nem aparecerá,
Jesus atreveu-se a jogar novamente a “carta brasileira” tentando que o Flamengo
o contratasse.
O intento saiu-lhe a vários
títulos furado. De uma maneira geral todo o meio do comentário desportivo
brasileiro se insurgiu contra as
palavras em “Off” que foram vazadas para
a imprensa, segundo as quais ele dava ao Flamengo um prazo curto para o
contratar. De outros quadrantes geográficos vieram igualmente palavras de apoio
a Paulo Sousa. O próprio treinador do Flamengo numa breve alocução deu uma
eloquente e educada resposta a Jorge Jesus que foi muito apreciada no Brasil.
Uns dias depois
concedeu uma entrevista à Sport TV, conduzida por um seu amigo, e na qual
estavam presentes outros jornalistas e comentadores, durante a qual Jesus foi
igual a si próprio: aldrabou factos, omitiu outros tantos por inconvenientes, naquele
seu linguajar que lhe tem servido de desculpa para os múltiplos insucessos que
tem somado.
Falou da sua primeira
passagem pelo Benfica como um período repleto de êxitos. Na verdade, na ordem interna ganhou o
campeonato no ano em que chegou, perdeu muitos pontos, acabando por ser campeão
no último jogo num campeonato disputado com o Braga que, por ter perdido, como
se disse, o último jogo, ficou a 5 pontos do Benfica.
Ao contrário do que ele
disse na entrevista, o Benfica não arrasou em golos (marcou 77 ou 78), nem em
pontos, ganhou o campeonato com 76 pontos em 90 possíveis.
Depois, apesar de
contar sempre com grandes jogadores, perdeu os três seguintes campeonatos para
o FC Porto. E ganhou os outros dois que se seguiram.
A seguir foi para o
Sporting, durante três épocas, nas quais apenas ganhou uma Supertaça e
uma Taça da Liga. Nada mais.
Na segunda passagem
pelo Benfica, com investimento de 100 milhões de euros na primeira época e de
várias dezenas na segunda, não ganhou absolutamente NADA. E ficou de ambas as vezes
em terceiro lugar.
Na dita entrevista
concedida no Brasil, além de ter omitido tudo isto, mentiu deliberadamente quer
quando afirmou que foi ele que se demitiu, bem como quando se vangloriou de uns
elogios de Guardiola à equipa do Benfica, quando já não era treinador do
Benfica, pior ainda nunca defrontou Guardiola enquanto treinador do Benfica nem
mesmo ao serviço de qualquer outra equipa. A afirmação já lhe valeu um
desenho jocoso que Rui Vitória publicou nas redes sociais, realmente o destinatário dos elogios de Pepe Guardiola. De facto, é preciso
ter uma grande lata, sabendo, como não poderia deixar de saber, que nunca jogou
contra Guardiola, vir assumir como dirigidos si, elogios que foram dirigidos a
outrem.
Depois do futebol que exibiu
no Benfica durante quase duas épocas e que pode ser visto e revisto por quem
quiser, bem como o seu péssimo relacionamento com os jogadores, é muito difícil
que algum grande clube
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