ENTRETANTO, O CORREIO
DA MANHÃ VAI MOSTRANDO NOVAS ESCUTAS
Mourinho que tanto se queixa dos árbitros, sempre que
ostensivamente o não favorecem, deve estar muito satisfeito com o que se passou
na última jornada da Liga dos Campeões.
Em Paris, o PSG empatou 2-2 com o Barcelona, tendo o primeiro
golo dos parisienses sido marcado por Ibrahimovic em fora de jogo. Mas não foi
um fora de jogo qualquer. Foi quase de dois metros. Como é possível que tal
falta tivesse passado em claro. Que o diga o assistente de Wolfgang Stark...
Em Madrid, O Real Madrid ganhou por 3-0 ao Galatasaray, numa
partida relativamente fácil para Mourinho, que teve a felicidade de contar com dois incríveis "falhanços" de Drogba e com um árbitro que terá desculpado uma mão de Khedira na área mais um valente "pisão" de Ramos a Yilmaz. O primeiro erro ocorreu quando o resultado já estava em 1-0 e o segundo quando o Real já timnha marcado três. No primeiro lance, o árbitro deixou seguir o jogo. No segundo, o árbitro norueguês (Svein Moen) em vez de assinalar penalty e punir Sérgio Ramos
com cartão amarelo, converteu a falta do jogador do Real Madrid, em falta contra o
jogador do Galatasaray e amarelo por simulação!
E falta ainda saber o que vai a UEFA fazer a Xabi Alonso e a Ramos por terem manifestamente forçado o amarelo, garantindo aparentemente a "presença" nas meias finais.
Destes árbitros Mourinho gosta. Aliás, esta permanente e doentia “preocupação” de Mourinho
com os árbitros não é certamente indissociável do que ele aprendeu noutras
paragens.
Quem esteja acompanhando a republicação das escutas do “Apito
Dourado” que o Correio da Manhã (TV) está fazendo, acrescidas de algumas até
agora inéditas, não pode deixar de constatar a imensa podridão que existe no
futebol português. Um eficaz esquema mafioso tudo providenciava para que nada faltasse.
Para que os resultados fossem sempre os esperados.
Além dos árbitros, juízes de linha e observadores ou
representantes da Liga, todas as altas figuras institucionais do futebol português
estavam comprometidas com esse esquema: presidente da Liga, presidente da
Federação, presidente da comissão de arbitragem, representantes de órgãos de
disciplina, além de uma legião de “soldados” que nos jornais, na rádio e na televisão
serviam o omnipotente “Padrinho” que tudo, mas tudo, controlava. Abaixo destes,
um exército de “jagunços” encarregava-se da aplicação das “sanções” aos que ousassem
desobedecer, sem falar evidentemente daqueles que estando directamente ao
serviço do “Padrinho” e sempre muito próximos dele funcionavam como mensageiros
ou como executores materiais das ordens vindas de cima.
Como é possível que tudo tenha ficado impune na justiça
desportiva e na justiça do Estado? Como é possível que os “arremedos de sanções”
timidamente aplicados tenham sido anulados pelos órgãos jurisdicionais do
Estado português?
E hoje o que se passará? Hoje o que se passará fora do que
já não diz pelo telefone? Ninguém acredita que uma organização mafiosas com a do “Apito
dourado” não continue activa e não continue a adulterar os resultados
desportivos. Ninguém!
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