AS PERGUNTAS QUE
NINGUÉM FEZ
Rui Pinto, natural do
grande Porto foi preso no dia 16 deste mês Janeiro, pela polícia húngara com a
colaboração da polícia portuguesa, na execução de um mandado de detenção
europeia.
Pela reportagem do CMTV
hoje apresentada, realizada em Budapeste pela jornalista Tânia Laranjo, ficámos
a saber que o pai do hacker Rui Pinto
já se encontrava em Budapeste desde a véspera da prisão do filho, ou seja, desde
terça-feira, dia 15 e Janeiro, tendo no dia seguinte assistido à prisão do
filho, com a qual já contava.
E a pergunta que se impõe
é esta: como é possível que uma jornalista tão arguta e tão especializada no
jornalismo de investigação como Tânia Laranjo não tenha perguntado ao pai de
Rui Pinto como se explica essa coincidência de ele ter chegado à Hungria na
véspera da prisão do filho?
Sobre a CMTV, dos seus propósitos,
dos meios que usa e dos fins que tem em vista já todos sabemos o suficiente para
não ser necessário fazer novas considerações, salvo as que decorrem do facto inquestionável
de a CMTV e o jornal CM terem um grande interesse financeiro nesta “novela” contra
o Benfica e na sua permanente descredibilização. Tudo o que possa favorecer a
sua continuação bem como os ataques ao Benfica não só lhe interessam como ela
própria as fomenta, se outras razões não houvesse, como fonte de negócio.
Todavia, o importante
não são as considerações antecedentes já que todos conhecemos suficientemente bem
a dimensão ética do CM e sua televisão para não haver motivo para qualquer
admiração.
Importante é saber por
que razão viajou para Budapeste o pai do “pirata informático” na véspera da
execução do mandado de detenção europeia, bem como quem o informou da próxima
prisão do filho, à qual assistiu e com a qual já estava a contar, como ele
próprio disse.
A teia, apesar de tecida
a várias mãos, começa a ficar cada vez mais explícita: dificilmente poderá
deixar de se suspeitar que o pai do hacker
tenha sido informado do dia e hora em que o filho iria ser preso, tendo por
essa razão viajado de imediato para Budapeste para o “aconselhar” sobre o
comportamento a adoptar, “aconselhamento” este que muito provavelmente lhe foi “aconselhado”
por quem estava em condições de orientar o comportamento futuro do hacker
..
Mais uma vez estamos no
domínio da violação de um segredo. E um segredo só pode ser violado por quem o
tenha à sua guarda. Portanto, alguém que tinha o segredo à sua guarda terá
informado alguém, a quem o conhecimento do segredo também interessava muito, do
que se iria passar, tendo este outro “alguém”, por seu turno, informado o pai
do hacker sobre o que iria acontecer
bem como o comportamento que aquele deveria adoptar. Ou seja, o efeito surpresa perdeu-se
e com a sua perda pode muito provavelmente ter-se também perdido muita prova.
É assim que as coisas
funcionam em Portugal. Ou será que as coisas só funcionam assim relativamente a
certos assuntos numa dada zona do país?
As autoridades de
investigação criminal, sejam elas policiais ou de outro nível, só não descobrem
se não quiserem…
1 comentário:
As autoridades não investigam porque estão envolvidas neste embuste. Os investigadores da PJ estão do lado dos criminosos apenas porque são da mesma cor clubistica..
Tudo o resto é preparado e montado para dar uma imagem de investigação e trabalho , mas é tudo ficção. Com uma finalidade de levar os seus intentos para a ilusão que querem provocar na opinião pública.
Quem nos protege destas policias e M Público.
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