quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

O MINISTÉRIO PÚBLICO E A BATOTA EM BRAGA

BENFICA- PORTO

Resultado de imagem para fábio veríssimo

O que ontem aconteceu em Braga, na semi-final da Taça da Liga, prova que o futebol português está outra vez podre. e sempre em benefício do mesmo mandante.
Em poucas palavras, a história conta-se assim: O Porto marcou dois golos irregulares, ambos validados sem contestação pelo VAR, portanto sem reapreciação subsequente por parte do árbitro do campo. O Benfica marcou dois golos regulares, tendo o primeiro sido posto em dúvida pelo VAR, mas confirmado pelo árbitro de campo mediante reapreciação e o segundo invalidado pelo árbitro de campo sem contestação nem pedido de reapreciação pelo VAR.
Ambos os golos do Porto foram precedidos de falta ocorrida na mesma jogada de que resultou o golo. No primeiro, um jogador do Benfica (Gabriel) foi afastado em falta pelo jogador do Porto (Oliver), o que permitiu a este fazer o passe de que viria a resultar o golo. O árbitro de campo poderia não se ter apercebido da jogada, mas o VAR não poderia deixar de ter visto o que milhões de pessoas viram...sem repetições e apenas com imagens de uma câmara. No segundo, Marega derrubou voluntariamente, sem bola, Grimaldo, para se libertar do defesa de modo a poder receber a bola sem opositor. Também aqui se pode admitir que o árbitro de campo não tenha visto a falta por a bola estar a transitar num outro sentido, mas é igualmente impossível que o VAR não tenha visto na primeira repetição o que milhões de pessoas voltaram a ver.
Por outro lado, no primeiro golo do Benfica, marcado por Rafa, na sequência de um remate de Seferovic, ficou desde logo a ideia, em jogada corrida, que Seferovic tinha dominado a bola com o peito, embora para o VAR o lance não tenha sido assim tão óbvio como terá sido para milhões de espectadores  e para os próprios jogadores do Porto...que não esboçaram o mais leve protesto, tendo ordenado ao árbitro de campo a reapreciação do lance. No segundo golo do Benfica, o árbitro auxiliar, mal colocado  (adiantado), relativamente ao último jogador do Porto, assinalou, depois de finda a jogada, off side, invalidando o golo. O VAR que teve, como milhões de espectadores, oportunidade de rever de vários ângulos a jogada teria necessariamente de concluir que não houve off side e deveria, por isso, ter dado indicação ao árbitro para validar o golo. Não o fez!
Como se vê, os dois golos (legais) do Benfica tiveram tratamento diferente dos dois golos (ilegais) do Porto. No primeiro, houve reapreciação a pedido do VAR, apesar da evidência da sua legalidade e no segundo não houve reapreciação nem intervenção do VAR no sentido da sua validação, apesar da evidência das imagens e de se estar perante uma situação em que nenhum tipo de avaliação ssubjectiva tem lugar: haver ou não haver off side é um juízo de ciência desprovido de qualquer subjectividade ou apreciação valorativa. Desta duplicidade de critérios resultou a invalidação do golo legal do Benfica  e a validação dos dois golos ilegais do Porto.
Neste jogo, o que há de muitíssimo suspeito são dois factos muito relevantes: o primeiro, é o árbitro ter mandado reapreciar, para invalidação, o primeiro golo do Benfica, que foi inequivocamente legal, e ter silenciado qualquer pedido ou sugestão de reapreciação  das jogadas que antecederam os dois golos do Porto; o segundo, é num lance em que não há lugar a subjectividades de qualquer espécie, como é o caso do off side (não posicional) o VAR não ter intervindo para repor a legalidade. Dois factos indiciadores de premeditação...
O Ministério Público que tão empenhado anda em ver "mosquitos por cordas" onde eles não existem e que assenta uma boa parte da sua actuação processual em presunções e especulações tem aqui um excelente campo dee análise. Que investigue o árbitro FÁBIO VERÍSSIMO, que investigue o FUTEBOL CLUBE DO PORTO, velho manipulador de resultados desportivos, bem como os seus múltiplos agentes especializados em viciação e deturpação dos resultados desportivos e instaure com fundamentos sólidos o processo de que todos estamos à espera há mais de 30 anos!

2 comentários:

Sarilhos Grandes disse...

O texto é límpido...faltando apenas, quanto a mim, chamar "á barra do Tribunal" os três "grandes figurões": Fernando Gomes da FPF e do Apito Dourado , Pedro Proença da Liga , pseudo-Benfiquista ,pseudo-dirigente...mas bem real no Apito Dourado, e...o "excelente" Fontelas Gomes , responsável da Arbitragem e das nomeações dos mesmos, seguindo a Cartilha imposta pelo dono, fcp. Personagens maiores no dirigismo do Futebol Português, estes três magníficos lá se vão mantendo , sempre remetidos a um silêncio ruidoso…indo contentes porque a equipa do patrão vai á frente. CURIOSAMENTE, perante todos estes "desacertos" do VAR, propositados, sempre em favorecimento dos mesmos,fcp e scp, NÃO SE OUVE UMA ÚNICA VOZ A CONTESTAR O QUE SE ESTÁ NESTE CAMPEONATO...! Os outros clubes, ou comem do mesmo ou foram intimados a "baixar as calças". Quanto á intervenção do Ministério Público reclamada pelo autor do texto , salta á vista que nenhum Governo ousará meter o bedelho na podridão do Futebol, por meras e cobardes considerações eleitorais. Quando rebentou o Apito Dourado, e foram divulgadas as escutas telefónicas, claríssimas, sobre a Grande Batota e Corrupção organizadas pelo Futebol Clube do Porto...só foi irradiado um árbitro (J.Paixão)e tirados 8 pontos ao fcp, QUE ACEITOU DE PRONTO, porque levava 14 pontos de avanço. Quem evitou a condenação do fcp, de descer á 2a. Divisão, permitindo que p.da costa continuasse como dirigente desportivo, deixando todos os árbitros corruptos continuar a arbitrar...DEIXARAM A PORTA ESCANCARADA PARA O QUE SE ESTÁ A PASSAR. E aposto que o "honesto" scp , comprometido no Cashball, também não descerá de Divisão , por corrupção PROVADA PELA POLÍCIA em 4 modalidades.

Ricardo Viana de Lima disse...

Se o segundo golo do Braga pode ser anulado por "carga de ombro" a Acuña que dizer dos golos do Porto contra o Benfica?
Esta é mais uma prova da escandalosa roubalheira de que o Benfica foi vítima. Mais escandalosa que as roubalheiras de há 20 e 30 anos em que o meios para as exibir publicamente eram muito mais escassos ou quase inexistente.