O ASSUNTO DO MELHOR
TREINADOR DO MUNDO NÃO PODE FICAR ASSIM
Mourinho declarou à RTP que não foi à gala da FIFA porque havia
“irregularidades” (leia-se batota) na eleição do melhor treinador do mundo.
Segundo o treinador português, várias pessoas lhe telefonaram a dizer que
tinham votado nele, tendo o voto depois aparecido noutra pessoa.
Mourinho não pode fazer estas afirmações sem ter a
possibilidade de provar quais os eleitores (não se sabe quantos: muitos,
poucos?) que, tendo-lhe comunicado o voto na sua pessoa, o viram no resultado final atribuído a outra. É evidente que esta prova não prova nada, apenas
provaria que Mourinho foi informado de que havia eleitores (quantos?) que lhe
assinalaram uma divergência entre o voto efectivamente votado e o voto que lhes
foi atribuído.
De posse desta prova, Mourinho deveria ter-se dirigido à FIFA,
exigindo a consulta dos votos cuja irregularidade lhes foi assinalada. E logo
se saberia se a FIFA fez batota ou se os informantes de Mourinho estavam pura e
simplesmente a mentir.
Agindo como agiu, Mourinho demonstra ser um irresponsável, um
ególatra, a quem nem sequer passa pela cabeça terem-lhe pura e simplesmente
mentido. Ou, pior ainda, passa-lhe e mesmo assim não hesita em lançar, sem
provas, uma grave suspeita sobre a FIFA com o objectivo de desmerecer do prémio
atribuído a um homem sério como é Vicente del Bosque.
Espera-se que a FIFA actue e que seja implacável. De facto,
num sorteio em que o voto é público, as suspeitas de Mourinho são ridículas e
apenas demostram o tipo de pessoa que Mourinho é. Mourinho não presta…Por isso,
com ele como interveniente, todas as conjecturas são possíveis: e se Mourinho
já tivesse decidido sair do Real Madrid mas, querendo fazê-lo com uma choruda indemnização,
estivesse com esta conversa a criar as condições para não poder continuar em
Espanha, “obrigando” o Real Madrid a demiti-lo?
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