A BRONCA DE ALVALADE
Aqui há uns meses atrás tínhamos perguntado se Pinto da Costa tinha direito de opção sobre Oliveira e Costa (o do Trio de Ataque). Hoje essa
questão já não se põe. O dito especialista em sondagens, está nos programas
desportivos de televisão com dois objectivos: atacar o Benfica e defender o
Porto nas chamadas questões indefensáveis. O Sporting de que se diz adepto é um
mero instrumento de que se serve para poder actuar aquela estratégia.
Nas questões que digam respeito ao Sporting e a que o Benfica
seja alheio, a posição desse comentador é conhecida: apoia as direcções
sportinguistas que nestes últimos anos levaram o Sporting à situação em que se
encontra. É um seguidista nato, principalmente na defesa das políticas de “colonização”
do Sporting por Pinto da Costa. Apoiou tudo o que fosse desvalorizar e
prejudicar o clube de Alvalade. Sempre assim tem agido.
Ontem, porém, a máscara, se existia – e realmente ela só não
era vista pelos mais ingénuos – caiu definitivamente. Na discussão sobre os
incidentes de Alvalade, em que Pinto da Costa, como habitualmente, foi o
protagonista, Oliveira e Costa só tinha uma versão do assunto. Qual era ela? A do
ex-dirigente sportinguista Paulo de Abreu? Que ideia! Não senhor. A sua versão
era a de Pinto da Costa!
Ou seja, Oliveira e Costa, especialista em múltiplas
actividades, desde formação profissional subsidiada pelo Fundo Social Europeu
até comentador desportivo em representação de um clube, gastando, todavia, parte
considerável do seu tempo de antena a defender outro, assumiu agora as funções
de porta-voz de Pinto da Costa.
No incidente de Alvalade, o mais interessante nem sequer é a posição de Oliveira e Costa, já que é cada vez mais difícil encontrar um notável sportinguista que não
esteja “colonizado” pelo Porto– salve, Paulo de Abreu! -, mas o facto de Pinto da Costa se
ter mostrado tal qual é: “Você está a dizer isto aqui, mas se fosse lá no Porto
não dizia nada”.
Ora bem aí temos a verdadeira interpretação do conceito de
liberdade – liberdade de opinião, liberdade de informação – de Pinto da Costa.
A mesma “liberdade” com o clube das Antas trata os jornalistas, os árbitros,
enfim, até os autocarros dos clubes rivais.
E para que não houvesse dúvidas de que era dessa “liberdade”
que se tratava logo um jagunço saído dentre os convidados da tribuna VIP do
Sporting se levantou para pôr defender o “Chefe” e pôr em sentido aquele que
tivera a ousadia de o confrontar com o sempre presente “apito dourado”.
Veremos como reagem os sportinguistas em campanha eleitoral
para a partir dessa análise poderemos concluir até onde já vai a “colonização”
do Sporting pelo Porto...
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