terça-feira, 7 de maio de 2013

BENFICA AINDA NA FRENTE


 

ESTORIL IMPÕE EMPATE NA LUZ

 

Desde o primeiro minuto se percebeu que este não era o jogo do Benfica. Lima que, durante o campeonato, tantas vezes foi decisivo, dificilmente voltará a repetir uma exibição tão má como a que esta noite fez na Luz. Acontece um jogador estar em dia não, embora isso aconteça com pouquíssima frequência aos grandes jogadores e nos grandes jogos. Aos vinte minutos de jogo ou, quando muito, no fim da primeira parte, percebia-se que Lima estava a mais naquele jogo. Que não acertava uma! Não se trata de arranjar um bode expiatório para uma noite que correu mal a muitos. Trata-se de criticar as opções técnicas, baseadas em fezadas ou superstições, que se recusam a olhar a realidade tal como ela é. Se Lima estava num dos dias mais desastrados da sua carreira, deveria ter sido substituído.

Mas não foi só Lima que esteve mal. A equipa entrou ansiosa e sem capacidade para responder à velocidade que o Estoril soube impor a partir dos vinte minutos de jogo. O Benfica teve esse tempo inicial para ganhar o jogo e desconjuntar o Estoril. Não o fez e depois foi dominado quase sempre. Foi uma sorte, uma grande sorte, não ter perdido.
 
Para a história icará o empate a um golo, ambos marcados no segundo tempo. O primeiro por Jefferson e o segundo por Maxi Pereira.

Artur deixou entrar um golo incrível. Daqueles que tira pontos, embora depois tenha feito uma ou duas defesas de média dificuldade. Mas antes disso já havia pisado Luís Leal podendo ter dado origem a uma grande penalidade. É certo que no golo sofrido havia um jogador do Estoril em fora de jogo que lhe estorvou a visão do lance. Mas que árbitro iria apitar essa falta?

Carlos Martins que entrou a substituir Enzo Pérez, lesionado, nada fez de relevante, salvo a expulsão que aconteceu por culpa exclusiva sua. Inadmissível.

Os restantes também jogaram abaixo das suas possibilidades, embora sem erros individuais gritantes, mas tudo isso teria sido esquecido se o ataque tivesse cumprido o seu dever: marcar nas inúmeras oportunidades de que desfrutou.

O que mais incomodou na equipa do Benfica não foi tanto a fraca exibição mas a incontrolada ansiedade que se foi acentuando com a passagem do tempo. E não há campeões ansiosos. Os campeões são serenos e confiantes.

É isso que se exige ao Benfica nos dois jogos que restam do campeonato. Ambos igualmente importantes. Nenhum dos dois é mais difícil que o outro. São ambos difíceis e só podem ser ganhos com serenidade e concentração.

No Porto, o Benfica vai encontrar um ambiente de grande hostilidade que pode, inclusive, ultrapassar as fronteiras do adversário. O Benfica tem de estar preparado para tudo isso e não ter medo. Não ter medo, nem perder a cabeça. Não conceder pretextos a quem quer que seja. Sabe-se, por experiência própria, que se vai jogar num ambiente onde tudo valerá para alcançar a vitória. Tudo…menos a classe da equipa do Benfica. E essa chegará para fazer frente a todas as ameaças…

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