UMA VITÓRIA
INSISCUTÍVEL
Cinquenta e
um anos depois de ter vencido a segunda Taça dos Campeões, o Benfica apurou-se
frente ao Fenerbahçe da Turquia para a disputa da sua nona final europeia –
sete na Taça dos Campeões, uma na Taça UEFA e outra na Liga Europa.
Perante um adversário que fez na presente temporada uma boa
série de resultados nos jogos até ontem disputados fora de casa, temia-se que a
vantagem que os turcos traziam de Istambul pudesse ser suficiente para lhes
assegurar a passagem à final. Mas logo se percebeu que assim não seria. O Benfica
terá feito ontem os melhores vinte minutos iniciais de todos os jogos este
ano disputados nas competições europeias. Percebia-se na cara dos jogadores que
o Benfica ia ganhar e percebia-se também que os jogadores, a começar por
Cardozo, estavam plenamente confiantes na vitória.
O primeiro golo surgiu cedo, por Gaitan, numa excelente
jogada pelo flanco direito benfiquista e adivinhava-se o segundo a todo o
momento tal o ritmo que o Benfica estava impondo ao jogo . Quis, porém, o destino
que assim não tivesse sido. Um penalty caído do céu colocou o Fenerbahçe na
frente da eliminatória, obrigando o Benfica a ter de marcar dois golos para chegar
à final.
Atordoados com o insólito resultado que por força do penalry
se estabeleceu contra a corrente do jogo, os jogadores do Benfica apenas
precisaram de uns minutos, cerca de dez, para se recomporem e recomeçarem com a
toada inicial que retirava aos turcos todas as hipóteses de aguentar o resultado, como de facto veio a acontecer.
E assim foi. Pouco antes do intervalo, o inigualável Cardozo
marcou o segundo golo num excelente trabalho sobre quatro adversários à entrada
da área. E a partir daí a equipa estava lançada para o acesso à
final que mais tarde ou mais cedo haveria de consumar-se.
Foi já no segundo tempo, pouco depois dos sessenta minutos de
jogo, que Cardozo, mais uma vez, marcou o segundo, desta vez a passe de Luisão. E mais
teria marcado Cardozo se Lima tivesse sido, como quase sempre é, um pouquinho
menos egoísta. Teria Cardozo marcado o terceiro e encerrado de vez a sorte da
eliminatória.
Assim não aconteceu, mas apesar da ansiedade dos últimos
minutos, a passagem do Benfica nunca esteve em risco.
O jogo de ontem demonstrou que nos grandes momentos não há
cansaço; que Cardozo é um avançado insubstituível; que Matic é um jogador do
outro mundo; e que o Benfica tem uma grande, grande, equipa. Certamente uma das
melhores da sua história. Seguramente por força da valia dos jogadores, mas em
grande parte devido ao mérito do seu treinador, Jorge Jesus, que trouxe muito ao
Benfica, mas que também aprendeu muito no Benfica, a ponto de hoje ser um
treinador muito mais completo do que aquele que há quatro anos pegou na equipa.
O que só demonstra a sua inteligência e capacidade de aprender com os próprios erros.
Na final contra o Chelsea, objectivamente, o Benfica tem este
ano menos hipóteses do que tinha o ano passado nos quartos-de-final da Liga dos
Campeões pela razão simples de Benitez ser muito melhor treinador do que Di Matteo.
Benitez é um treinador perito em finais e em jogos a eliminar como o seu
passado no Valência e no Liverpool sobejamente demonstra. E também no Chelsea…
Para o caixote do lixo da história fica o ridículo treinador
do Porto e os adeptos do Sporting tipo Eduardo Barroso, Dias Ferreira e Oliveira
e Costa…
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