quarta-feira, 18 de maio de 2016

GRANDE VITÓRIA DO BENFICA


 
O SPORTING NÃO GANHOU NADA
 
 

 

O Benfica venceu brilhantemente o 82.º campeonato nacional de futebol, somando com esta vitória o 35.º campeonato da sua história. Não fora a incompetência de Jorge Jesus, estaria agora a comemorar não o tri, mas o penta, já que os dois campeonatos perdidos para o Futebol Clube do Porto de Vítor Pereira são duas das derrotas mais difíceis de aceitar pelos benfiquistas. Não por demérito do adversário, que ganhou bem os referidos campeonatos, mas por o Benfica os ter perdido depois de ter chegado a ter uma vantagem de oito pontos em 2011/2012 e uma vantagem de cinco pontos em 2012/2013, a três jornadas do fim.

Este ano Jesus repetiu no Sporting o que no Benfica já tinha feito por duas vezes. Tendo chegado a usufruir de uma vantagem de sete pontos sobre o Benfica, o Sporting, depois de se ter dado como campeão, perdeu nove pontos para o Benfica, três dos quais em confronto directo.

 

Os números falam por si: o Benfica somou ao fim de 34 jornadas o maior número de pontos até hoje alcançados (88) numa liga com 18 clubes. Depois de um começo irregular, três derrotas à oitava jornada, uma delas em casa contra o Sporting, o Benfica, com excepção do jogo da Madeira, contra o União, jogado a 15 de Dezembro, não voltou a tremer. É certo que perdeu um jogo – um jogo que poderia muito mais cedo ter arrumado com a questão do título -, mas esse jogo foi um claro acidente de percurso, daqueles em que o futebol é fértil, já que a exibição do Benfica na primeira parte e as oportunidades desperdiçadas, defesas de Casillas à parte, davam para chegar ao intervalo com uma vantagem confortável de dois ou três golos. Tanto assim que a equipa não se ressentiu minimamente dessa derrota continuando a jogar o resto do campeonato como se tivesse ganho esse jogo.

 

O Sporting, além de ter perdido os pontos que levava de avanço, perdeu também no confronto directo contra o Benfica num jogo que era vital para as suas aspirações. Tendo desde a primeira hora posto em prática uma política de comunicação arrogante e agressiva, o Sporting, para disfarçar as suas próprias carências, iludir os adeptos e tentar condicionar a arbitragem, utilizou métodos tipicamente nazis, de tipo goebbelianos, segundo os quais uma mentira muitas vezes repetida substitui a verdade.

 

Foi essa a mensagem que Bruno de Carvalho, acolitado por Octávio Machado e Inácio, tentou fazer passar desde o primeiro até ao último dia. Para infelicidade sua recorreu a duas personagens completamente desqualificadas, sem crédito no meio desportivo e nele conhecidas pelas piores razões. Octávio, que sempre se destacou no trabalho sujo, actuando sabujamente de acordo com a voz do dono, é o que se pode chamar um mercenário do futebol. De facto, ele não actua por convicção: actua por dinheiro, fazendo o que lhe pedem, tanto ao serviço do seu inimigo de véspera, como contra o seu aliado de ontem. Inácio, intelectualmente pouco dotado, roçando a mediocridade, foi o exemplo acabado daquilo a que se pode chamar o polícia que exige ao acusado que demonstre a sua inocência. Era entre gente assim que na “outra senhora” se recrutavam os agentes da pide.

 

O pior é que as mentiras falaciosamente propagadas pela cúpula leonina são religiosamente aceites e repetidas pelos adeptos e comentadores espalhados por toda aa comunicação social. Nesse aspecto são todos iguais…

 

Algumas dessas mentiras são absolutamente inacreditáveis e não deixa de ser espantoso como são sistematicamente repetidas sempre que um comentador do Sporting abre a boca.

 

Vejamos algumas: o primeiro jogo do campeonato contra o Estoril. Insiste o Sporting num pseudo-penalty cometido por Luisão. Em primeiro lugar, importa dizer que noventa por cento dos árbitros europeus não consideram aquele contacto susceptível de falta, subindo na Inglaterra esse número para 100 por cento. Mas vamos admitir que o árbitro marcava essa falta, ocorrida no começo da primeira parte, e que o Estoril fazia golo. Iria esse golo alterar alguma coisa aquilo que foi o jogo? Iria o Estoril jogar de modo diferente, estando a ganhar, do que jogou, estando empatado, até aos 73 minutos? Certamente que não. O Benfica teria ganho à mesma, desfazendo a desvantagem do mesmo modo que desfez a igualdade. Há todas as razões para supor que o Benfica (que ganhou por 4-0, é bom não esquecer) viraria o jogo e ganharia. Que provas se podem adiantar nesse sentido? Provas não podem adiantar-se, mas pode apresentar-se, como exemplos, o que se passou nos jogos contra o Moreirense e contra o Rio Ave, ocorridos pouco tempo depois. No jogo contra o Moreirense, o Benfica entrou a perdeu (29 m), só logrando empatar aos 75 m e adquirir vantagem aos 76m. Todavia, seis minutos depois, o Moreirense marcou um golo em claro off side, que foi validado, tendo o Benfica voltado a marcar ao 86 m. Ou seja, virou o jogo em condições muitíssimo mais dificeis do que as que, hipotecticamente, existiriam no jogo contra o Estoril. No jogo contra o Rio Ave, o Benfica marcou primeiro, aos 4 minutos, o Rio Ave empatou aos 13 m, tendo havido entre este golo e o intervalo três bolas que bateram nas mãos dos defesas do Rio Ave dentro da área, lances que o árbitro de acordo com o seu critério considerou de “bola na mão” e não de “mão na bola”. Não obstante a persistência do empate, o Benfica desfê-lo aos 81 m e confirmou a vitória com o terceiro golo aos 83 m!

 

Por aqui se pode ver a importância que o pseudo-penalty do jogo contra o Estoril e a “bola na mão” de Talisca no jogo contra o Nacional tiveram na discussão do título. Como nenhuma importância teve o golo anulado ao Benfica, por Nuno Almeida (o mesmo que apitou o jogo contra o Nacional), contra o Arouca – golo que até hoje ainda ninguém conseguiu explicar por que foi anulado – nem a expulsão de Renato Sanches na Madeira (Marítimo) por acumulação de cartões amarelos, sendo que o primeiro deveria ter sido exibido ao jogador do Marítimo que rasteirou Renato e marcada grande penalidade (rasteira indiscutível como se comprova pelas imagens exibidas pela SIC dois dias depois, apesar de não terem sido exibidas pela Sport TV)!

 

Não adianta sequer enumerar aqui os muitos lances decisivos julgados erradamente a favor do Sporting ao longo de 34 jornadas. Foram muitos, sendo indiscutivelmente o Sporting o clube que neste campeonato mais beneficiou de erros de arbitragem, além de outros “erros”, como o de Tonel, que, no último minuto do jogo entre o Sporting e o Belenenses, resolveu, num lance inofensivo, meter dentro da área a mão à bola e permitir ao Sporting beneficiar de um penalrty que lhe possibilitou ganhar o jogo. Não vale a pena escalpelizar nada disso, mas vale a pena relembrar, por ilustrar bem o que é o Sporting, o jogo de Alvalade contra o Tondela, em que, depois do vergonhoso espectáculo que se seguiu à (justíssima) expulsão de Rui Patrício, o treinador, directores e demais corpo técnico quiseram obrigar o árbitro a marcar um penalty contra o Tondela por um seu jogador ter defendido com a CABEÇA uma bola que ia na direcção da baliza!

 

Se na Liga o Sporting foi bem batido, apesar de ter feito um campeonato meritório, que dizer da sua prestação nas demais provas? Na Liga dos Campeões foi o que se viu: o Sporting foi eliminado no play off, pelo CSKA – uma equipa que ficou em último lugar no seu grupo, com apenas 4 pontos -, e remetido para a Liga Europa, uma espécie de segunda divisão europeia. Integrado num grupo fraquíssimo, o Sporting sofreu várias derrotas, uma delas por goleada contra uma equipa da Albânia cujo nome ninguém se lembra, tendo passado à tangente à fase seguinte, para nela ser copiosamente derrotado em ambos os jogos pelo Bayer de Leverkusen. Na Taça da Liga foi eliminado logo na fase de grupos pelo Portimonense da segunda divisão e na Taça de Portugal foi eliminado pelo Braga, depois de uma vitória contra o Benfica, no prolongamento, proporcionada por erros de arbitragem.

 

O Benfica, pelo contrário, está na final da Taça da Liga e fez uma notável prova na Champions na qual foi eliminado nos quartos-de-final pelo Bayern – uma equipa que, nesta competição,  nos anteriores oito jogos havia marcado 25 golos! - num confronto em que o Benfica, se tivesse sido eficaz, principalmente em Munique, teria tido grandes hipóteses de passar à fazer seguinte. Derrotado fora por 1-0 e tendo empatado em casa por 2-2, o Benfica, tendo realizado dois excelentes jogos, ficou a um pequeno passo da passagem à fase seguinte.

 

De facto, não há comparação possível entre a época do Benfica e a do Sporting. A do Sporting é uma sucessão de derrotas, enquanto a do Benfica regista êxitos assinaláveis.

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