quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

CHAMPIONS - BENFICA ASSEGURA PRIMEIRO LUGAR NO GRUPO



PORTO REBAIXADO PARA A LIGA EUROPA
Golo de Cardozo garante vitória no grupo



No jogo de ontem à noite, contra o Dínamo de S. Petersburgo, o Porto não conseguiu melhor do que um empate a zero, tendo sido eliminado da Liga dos Campeões.

Contra uma equipa muito defensiva, sem grande capacidade atacante, mesmo nas transições que quase nunca resultaram, o Porto, apesar de ter dominado o encontro, não foi capaz de encontrar com êxito o caminho da baliza adversária. Por várias vezes poderia ter marcado. Não o fez, umas por mérito, muito mérito, do guarda-redes russo que, com a sua extraordinária exibição, assegurou à sua equipa um lugar na próxima fase da Liga dos Campeões; outras por demérito dos avançados portistas nulamente eficazes na hora da verdade.

Com excepção do jogo na Ucrânia, todos os demais efectuados pelo Porto na Champions foram fracos. O que parece a quem vê o Porto jogar é que não está interiorizado, e depois respeitado, um modelo de jogo que os jogadores apliquem automaticamente. Falta qualquer coisa e não será apenas Falcão.

Rebaixado para a Liga Europa, o Porto vai este ano encontrar adversários bem mais fortes do que aqueles com que o ano passado se deparou. Mas é preciso não exagerar os desaires portistas: o Porto está fora de duas Taças, vai iniciar noutra um novo percurso e continua à frente do Campeonato.

O Benfica, hoje à noite, na Luz, ganhou como lhe competia o jogo contra o Otelul Galati, assegurando com a vitória o primeiro lugar no respectivo grupo. Cedo o resultado ficou feito, embora a incerteza no marcador pairasse até ao fim do jogo.

Num bom lançamento longo de Jardel se iniciou a jogada que deu origem ao golo. Bom trabalho de Witsel sobre a direita, bem complementado por Gaitan, que assistiu Cardozo, que, de pé direito, fez o golo.

O Otelul nunca se entregou e o Benfica foi controlando o jogo sempre a contar que o segundo golo poderia mais ou tarde ou mais cedo resultar de uma das múltiplas jogadas em que, com perigo, se acercava da área adversária.

A verdade é que esse golo não apareceu, não obstante as oportunidades criadas, podendo antes, por duas vezes, ter surgido a favor dos romenos não fora, da primeira vez, mais uma extraordinária, aliás, duas, intervenções de Artur a negar o que parecia ser um golo certo e da outra vez, quase no fim do jogo, o remate frontal do avançado romeno ter saído a rasar a trave.

Em ambas as vezes houve alguma displicência da defesa do Benfica, embora num jogo de futebol seja quase impossível evitar o aparecimento de oportunidades para o adversário, mais ainda numa competição deste género.

O Benfica não terá feito uma grande exibição, mas jogou o suficiente para vencer. É hoje uma equipa mais consolidada e menos espectacular. Aquela contínua pressão atacante desapareceu, parecendo a quem vê o jogo de fora que há como que uma espera do momento certo para desferir no adversário o golpe fatal. Normalmente quando o apanha desequilibrado ou nas bolas paradas.

Além de Artur, pelo modo decisivo como interveio no jogo, de realçar mais uma vez a boa exibição de Aimar, a segurança de Javi e de Witsel, uma dupla de luxo, a criatividade de Gaitan e a eficácia de Cardozo, mesmo quando não as aproveita todas. Na defesa, a segurança de Garay e o bom desempenho de Jardel foram suficientes. Nas alas, Emerson sempre igual a si próprio, não deslumbra nem compromete e Rúben Amorim lá tentou fazer o melhor que pôde o lugar de Maxi. Bruno César já esteve mais inspirado.

No segundo tempo, antes dos 15 minutos, Nolito substituiu Bruno César, trazendo alegria ao jogo com o seu futebol irreverente, perto dos 70 minutos Aimar cedeu o lugar a Rodrigo que, mais uma vez, falhou frente ao guarda-redes e a 10 minutos do fim Saviola entrou para o lugar de Cardozo.

O Otelul, apesar de não ter somado nenhum ponto, é uma equipa bem melhor do que outras que os fizeram. Em seis jogos sofreu dez golos, tantos quantos o Basileia, mas apenas marcou três, essa a sua principal fragilidade.

Nos oitavos de final, o Benfica encontrará uma das seguintes equipas: Leverkusen (com o qual já jogou, e eliminou, na Taça das Taças), Marselha (velho conhecido, duas vezes derrotado), Zenit (que nunca defrontou), AC Milan (de más recordações), Nápoles (que também já eliminou), CSKA (com o qual também nunca jogou) e Lyon (com o qual já perdeu e ganhou).


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