domingo, 19 de agosto de 2012

JESUS BRINCA COM O FOGO




BENFICA COMEÇA MAL



Não se pode dizer que tenha constituído uma grande surpresa o empate do Benfica frente ao Braga no primeiro jogo do campeonato. Primeiro, porque o Benfica não ganha o primeiro jogo há muitos, muitos anos; depois, porque o plantel tem fragilidades inaceitáveis e incompreensíveis tendo em conta os milhões gastos em aquisições.

De facto, foram essas fragilidades, bem patentes desde a venda de Fábio Coentrão, que ontem ditaram o empate do Benfica – um empate com sabor a derrota. A responsabilidade por estas fragilidades é, sem dúvida, de Jorge Jesus. Se o treinador não conseguiu contratar o jogador que pretendia para o lugar de defesa esquerdo só tinha que manter na equipa quem sabe jogar nesse lugar. E mais: se não havia dinheiro para comprar o jogador pretendido, deveria ter-se prescindido de outras aquisições para lugares onde há jogadores em excesso, como é o caso dos extremos.

Inaceitável, absolutamente inaceitável, é que a estúpida teimosia do treinador decida colocar no lugar de defesa esquerdo um jovem cheio de potencialidades que foi contratado para jogar a extremo. Inaceitável, incompreensivelmente inaceitável, é que Jorge Jesus num jogo de grande responsabilidade – de responsabilidade máxima – resolva adaptar uma jovem promessa a um lugar onde já tinha dada provas mais do quer suficientes de que não tinha capacidade para lá jogar.

Os golos do Braga não são, portanto, da responsabilidade de Melgarejo, mas de Jorge Jesus. Uma responsabilidade dupla: a responsabilidade de fragilizar a equipa e a responsabilidade de “queimar” um excelente jogador.

Como já aqui dissemos muitas vezes, Jesus está longe, muito longe, de ser um treinador inteligente. As suas limitações nessa matéria são correspondentes às limitações que espelha quando tenta explicar ou descrever o que quer que seja. O Benfica precisa, portanto, de alguém com prestígio e autoridade ao lado de Jesus para colmatar as suas muitas lacunas.

Luisão, mais uma vez, deu provas da sua insegurança em vários lances. Luisão é outro problema que o Benfica vai ter de resolver com urgência, sob pena de vir a sofrer muitos dissabores.

O jogo foi dividido, o empate ajusta-se ao que as equipas fizeram e não parece, pelo que se viu, que o Benfica esteja melhor do que na época passada. Pelo contrário… Já o Braga pareceu igual ao que tem sido nas últimas épocas.

Finalmente, a arbitragem não esteve isenta de erros. Soares Dias expulsou Douglão perto do fim do jogo por mão de Custódio dentro da área. O penalty foi bem assinalado, mas a expulsão não. E como é hábito em Portugal uma onda inacabável de especulações terá agora lugar sobre o que o Braga teria feito se tivesse jogado com onze. Além disso há um terceiro golo do Benfica marcado no 88.º minuto que foi anulado por alegada falta de Cardozo sobre o guarda-redes. Visto e revisto o lance, não parece que o avançado benfiquista tenha sequer tocado no guarda-redes do Braga. Aparentemente foi um golo legal que o árbitro invalidou.

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