domingo, 12 de janeiro de 2014

BENFICA-PORTO: VITÓRIA SEM DISCUSSÃO


 

A HOMENAGEM QUE EUSÉBIO QUERIA
Benfica venceu o F.C. Porto por 2-0

Ainda mal tinha chegado a casa, depois de ter assistido, no Estádio da Luz, a uma indiscutível vitória do Benfica sobre o Porto por 2-0, e já na TVI 24 um conhecido ex- jogador, especialista em boîtes e em noitadas por todos os clubes por onde passou, comentava, irado, a arbitragem por ter prejudicado o FCP numa fase crucial do jogo, afirmando mesmo que tais erros foram fatais para o Porto e para o resultado final da partida. O mais curioso é que o dito comentador é um conhecido sportinguista nado e criado em Alvalade! Conclusão: a fúria com que falava da arbitragem num programa onde somente um ex-árbitro costuma opinar sobre esse tema mais não significa do que a continuação, por outra via, das “parvoíces” que Presidente do Sporting não se cansa de exibir sempre que lhe põem um microfone na frente.

Este triste e lamentável exemplo, ocorrido como comentário a um jogo, em que desde a claque do Porto ao mais descontraído adepto do Benfica a ninguém ficou dúvidas sobre a supremacia do Benfica durante toda a partida, é um indício, mas um indício muito elucidativo, do que vão ser até ao fim da época os comentários dos sportinguistas que nas várias estações de televisão actuam disfarçados de comentadores.

E a propósito deste lamentável exemplo ocorre-nos recordar mais uma vez o jogo entre Portugal e a Coreia do Norte que na última quarta-feira aquela mesma estação de televisão transmitiu. Que saudade dos jogos em que não havia repetições e em que quem estava a ver pela TV tinha uma percepção do jogo semelhante à de quem está no estádio situado no mesmo ângulo da câmara!

Deixando de parte essas excrescências, que nada adiantam nem atrasam relativamente  ao jogo que realmente se jogou, o que todos vimos na Luz foi, para começar, uma sentida e espectacular homenagem a Eusébio. Aparte alguns, muito poucos, elementos da claque do Porto que não respeitaram o minuto de silêncio, pode dizer-se que tanto fora como dentro do campo tudo correu com aceitável desportivismo. Mesmo algumas decisões da arbitragem eventualmente mais discutíveis foram aceites pelos jogadores sem protestos. Para isto muito contribuiu a supremacia que o Benfica demonstrou desde o primeiro minuto.

O Benfica esteve, na verdade, muito forte na contenção do jogo do Porto e sempre muito perigoso no contra-ataque. O facto de o Benfica ter jogado com Lima e com Rodrigo, contrariamente ao que o treinador do Porto esperava, de forma alguma significou que tivesse jogado no sistema habitual de Jorge Jesus. O Benfica esteve sempre muito forte no meio-campo, que nunca desguarneceu, e soube sempre partir com muito perigo para o ataque, deixando frequentemente desequilibrada a equipa do Porto.

O primeiro golo, de Rodrigo – um golo à Eusébio – foi disso a prova. Dois jogadores do Benfica chegaram para desequilibrar toda a defensiva portista. E o mesmo Rodrigo poderia ter marcado o terceiro num lance idêntico.

Enfim, para terminar uma referência especial a Garay que marcou o segundo golo na sequência de um canto e também a Oblak, muito acarinhado pelos adeptos do Benfica, que mais uma vez deixou o adversário a zero. É obra ter na baliza de um clube como o Benfica um guarda-redes tão jovem! Que o exemplo de Oblak ilumine Jorge Jesus e faça com que outros jovens de muito valor que no Benfica existem possam ter as mesma oportunidades.
 

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