UM EPISÓDIO DO FUTEBOL
PORTUGUÊS
Não tinha ainda visto, embora já tivesse ouvido falar, na
pseudo-entrevista do sr. Rui Santos e de um tal João a Jorge Jesus na SIC
Notícias. Só hoje pude, com indisfarçável relutância, assistir ao triste
espectáculo proporcionado pela SIC.
A primeira questão que obviamente se coloca é a seguinte:
quem é o sr. Rui Santos na SIC? Como se compreende que uma estação de televisão
proporcione a um intriguista profissional, a um anti-jornalista um espaço
televisivo de tão longa duração? Durante a semana o sr. Rui Santos participa
no Play-Off, programa de comentário a cargo de ex-futebolistas, e no Tempo
Extra em que debita as suas mentiras e os seus processos de intenções
acolitado, em jeito de ponto, por um tal João. Como se explica? É a SIC naqueles
programas não uma estação de televisão, mas uma simples “Barriga de aluguer”?
De quem são os programas? Da SIC ou do sr. Rui Santos, que, nesse caso, pagará
à Sic o aluguer do tempo de antena?
Se o sr. Rui Santos não fosse o tal da “Mentira desportiva”
valeria a pena fazer-lhe a pergunta. Assim, não adianta, nem a ele nem ao tal
João. Mas adianta fazê-la à SIC que tem a obrigação deontológica de a ela
responder. Infelizmente, vamos ficar sem resposta mais uma vez. Quem aposta e
joga na mistificação não pode responder a perguntas simples.
Pois bem, a dita “pseudo-entrevista” é de bradar aos céus.
Nada a opor se ela tivesse sido feita no Canal do Sporting ou se tivesse sido
anunciada como tempo de antena do Sporting. Mas não foi. O sr. Rui Santos e o
tal João apresentam-se como sendo aquilo que realmente não são e ai é que está
a batota.
Todavia, o resultado final é deplorável. Não tanto por Jorge
Jesus, que é igual a si próprio, detentor de um EGO sem limites, convencido de
que é único. Quanto a isso nada a dizer diferente daquilo que toda a gente já
sabe e que aqui desde há, pelo menos, sete anos tem vindo a ser reflectido
neste blogue.
O único aspecto que poderia ser sublinhado é o de mais uma
vez ter mentido para se esquivar a uma situação difícil. Referimo-nos à desconsideração
pública de Rui Vitória. Jesus não disse o que disse por ter sido induzido em
erro por um jornalista, Jesus disse o que disse porque estava e está plenamente
convencido da sua imensa superioridade. E depois, porque junta a esse seu
convencimento, o tal toque rufia que nunca o larga. De facto, Jesus mente ao
desculpar-se com o jornalista. Rui Vitória tinha falado 24 horas antes e as
suas declarações tinham passado abundantemente em todas as televisões, estações
de radio e imprensa escrita. Jesus não poderia deixar de as conhecer, diga ele
o que disser.
Mas deixemos Jorge Jesus e voltemos ao sr. Rui Santos. O que
mais impressiona, o que mais sobressai no tal comentador que se diz
(mentirosamente) independente é o ar perfeitamente babado com que fala com
Jesus. Toda a entrevista é feita com um tal grau de admiração que a todo o
momento se estava à espera que a baba lhe escorresse pela boca numa
manifestação de apreço e de idolatria raramente vistas.
Não vale a pena sequer passar em detalhe os passos da
conversa. Basta referir duas ou três situações para se perceber o tipo de
conversa havida com Jorge Jesus. O sr. Rui Santos evitou cautelosamente
qualquer alusão à carreira europeia do Sporting, bem como à carreira
internacional de Jorge Jesus. Não podendo deixar de saber que Jesus é um
treinador essencialmente doméstico, o sr. Rui Santos evitou colocá-lo perante
essa evidência. Foi preciso que um telespectador levantasse a questão para ela pudesse
ser ao de leve abordada. Questão da qual o sr. Rui Santos saiu logo que pôde.
A segunda tem a ver com a atribuição do “troféu” de melhor
treinador do ano a Jorge Jesus, tanto quanto se percebeu por decisão do sr.
Santos. Nos critérios usados pelo sr. Santos só entravam os jogos do campeonato
– Ligas europeias, Taça de Portugal e Taça da Liga, nada! Mas há mais: as
vitórias não valem todas os mesmos pontos: as vitórias fora valem mais e os
golos marcados fora, também. Enfim, uma montagem que ilustra na perfeição a
personalidade do sr. Santos.
Terceira e última nota: estava o sr. Santos todo embalado para
concluir com a conivência (supunha ele) de Jorge Jesus que as arbitragens
tinham sido decisivas para a vitória do Benfica no campeonato, quando este,
para seu espanto, lhe diz: “ O que estou a falar não tem nada a ver com arbitragens!”.
O sr. Santos, um biltre como não há segundo, não percebeu duas coisas. Primeiro,
que Jorge Jesus pode ser muitas coisas mas não é burro; segundo, que não se
deixa cegar pela paixão clubista que é coisa que ele não tem. A sua paixão é
por ele próprio. E foi por não ter percebido isto a tempo e horas que o sr.
Santos ficou com aquela cara sem vergonha que o caracteriza, perante a resposta
de Jesus! Mas como desavergonhado que é, passou rapidamente para outro assunto
como se nada tivesse acontecido. Ele que tinha preparado a conversa para
evidenciar aquela conclusão viu-se desmentido pelo seu idolatrado Jorge Jesus!
Que nojo, sr. Santos, você causa às pessoas normais!
4 comentários:
eu espero que joao alves saia do play off parabem do desporto porque o resto sao do sportin
Realmente não se percebe como o João Alves se presta àquela figura.
Fazer parte daquilo, é ser cúmplice daquela imundície semanal.
Miguel
nojo e pouco para uma égua tal .
nem na depuradora do lumiar tem escroque pior este de nome rui santos ,ponto
este filho de africa negra e do colégio militar
desde que ganhou ao pinto em gaia ficou inchado que nem uma vaca leiteira ..
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