quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O BASILEIA EMPATOU NA LUZ

O BENFICA VAI TER QUE FAZER PELA VIDA
Benfica empata com Basileia (1-1) e perde 1.º lugar



No jogo que há pouco terminou, no Estádio da Luz, a contar para a quarta jornada da Liga dos Campeões, o Benfica não conseguiu ir além do empate a um golo, ficando dependente dos seus resultados futuros a qualificação para a fase seguinte.

Em princípio, tal situação não tem nada de trágico. O Benfica depende apenas de si e para se apurar bastar-lhe-á uma vitória. O pior é que o próximo jogo é em Manchester, onde o Benfica nunca ganhou, correndo o risco, se perder, de ficar empatado em pontos com o Basileia, o seu adversário desta noite.

Mas tudo isto são suposições, havendo sempre uma multiplicidade de situações que podem acontecer, umas mais favoráveis, outras menos.

De certo, é o Benfica já ter feito este ano oito jogos para a Liga dos Campeões e não ter perdido nenhum. Ganhou quatro e empatou quatro.

O jogo desta noite não foi uma surpresa. Já aqui se tinha dito, após a vitória de Basileia, que o que mais impressionou na equipa suíça foi ela nunca se ter dado por vencida e ter dado sempre a sensação de que poderia virar o resultado.

E hoje, a partir dos trinta minutos da primeira parte, aconteceu exactamente o mesmo. O Benfica marcou cedo, num belo golo de Rodrigo – poderia até ter marcado mais cedo – e falhou perto da meia hora de jogo uma excelente oportunidade para dilatar a vantagem. Não o fez, o mesmo tendo acontecido ao Basileia na primeira parte ao falhar uma oportunidade de golo em tudo idêntica à do Benfica.

Nos últimos quinze minutos da primeira parte ainda se pensou que era o Benfica que estava a abrandar o ritmo de jogo, mas depois do recomeço logo se percebeu que a questão era outra: era o Basileia que estava impondo o seu ritmo, criando enormes dificuldades ao Benfica.

Na segunda parte o Basileia começou melhor e durante os primeiros dez minutos dominou o jogo. Depois o Benfica reagiu e criou várias situações de perigo na área dos suíços.

O jovem Luís Martins, lançado por Jesus para o lugar de Emerson, ia dando conta do recado, apesar de lhe ter calhado em sorte o jogador mais talentoso do Basileia, Shakiri. Inexplicavelmente, aos sessenta minutos de jogo foi substituído por Miguel Vítor. E logo no mesmo minuto o Basileia empatou num lance em que Maxi e o próprio Miguel Vítor não estão isentos de culpa.

De facto, se Shakiri se estava tornando mais perigoso, o que havia a fazer era reforçar a ajuda a Luís Martins, uma vez que Gaitan já dava claros sinais de esgotamento, pondo em campo alguém que o pudesse substituir.

A opção foi outra e em nada favoreceu a equipa, tanto mais que essa substituição ocorreu exactamente no período em que o Benfica, na segunda parte, esteve melhor.

Depois veio a substituição de Aimar por Cardozo, recuando Rodrigo. Só que não há no Benfica quem substitua Aimar se o jogo ainda não estiver ganho. E claro tudo piorou, apesar das insistências de Maxi pela direita.

Já muito tarde, Gaitan, completamente “estoirado”, foi substituído por Nolito. Ou seja, uma substituição que deveria ter ocorrido por volta da meia-hora só teve lugar a escassos minutos do fim do encontro.

Para lá da substituição de Cardozo por Rodrigo, que implica uma nova forma de jogar na frente, e da entrada de Witsel para o meio-campo, que implica alguma contenção nas transições, o que há de novo nesta equipa do Benfica é a sua incapacidade de manter um ritmo elevado durante todo o jogo, principalmente no que respeita à pressão sobre o adversário. Dá a ideia de que a equipa não tem a preparação física ideal, embora as estatísticas não revelem isso.




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