quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A LIGA DOS CAMPEÕES (CONT.)


A SEGUNDA PARTE DA PRIMEIRA JORNADA

 

No segundo dia da primeira jornada da Liga dos Campeões, o Benfica empatou na Escócia contra o Celtic de Glasgow a zero. Pela primeira vez em quatro jogos contra o Celtic, na Escócia, o Benfica não perdeu, mas também ainda não foi desta que ganhou. E todavia nunca o Benfica havia defrontado um Celtic tão fraco como o de ontem à noite.

Sobre a equipa do Benfica pairava a enorme expectativa de saber como é que ela se comportava depois das saídas de Javi Garcia, Witsel e Saviola (que, em princípio, já não voltam mais) e com as ausências forçadas de Maxi e de Luisão, ambos por castigo. Foi evidente para toda a gente que a equipa se ressentiu, e muito, das ausências de Javi e de Witsel, com as quais tem de passar a conviver, mas também com as de Maxi e Luisão, porventura mais com a do primeiro do que com a do segundo. No que toca a Saviola, verdadeiramente só jogou com regularidade no Benfica no seu primeiro ano. E o resultado viu-se: Saviola foi o segundo melhor marcados da equipa e o Benfica foi campeão. Coincidência ou não, depois de Saviola ter perdido a titularidade nunca mais o Benfica competiu, a sério, pela conquista do título. Saviola parece estar a querer repetir no Málaga a sua primeira época no Benfica.

Diz a crítica que o Benfica, ontem, jogou bem na defesa e falhou no ataque. Não se pode dizer que tenha jogado bem na defesa contra uma equipa que, apesar de muito voluntariosa, nunca criou problemas. E também não se pode dizer que se não sentiu a falta do labor atacante de Maxi, porque sentiu, e muito, por acertadamente que o jovem André tenha estado. No meio da defesa, Jardel não comprometeu, mas não dá a mesmo segurança de Luisão. Enfim, a defesa fez o que lhe competia a defender – não deixou marcar golos – mas ficou muito aquém do que poderia fazer na ajuda ao ataque. E, no meio campo, Matic não é Javi nem Enzo Perez é Witsel. Mas este é assunto sobre o qual não adianta tecer grandes considerações porque o Benfica vai ter de jogar com os jogadores que lá tem e não com os que vendeu.

Na frente a decepção não poderia ser maior. Nem Salvio esteve á altura do que já fez nos três jogos do campeonato, nem Rodrigo, muito desamparado, deixou a ideia de que possa jogar tão desacompanhado. Aimar jogou muito longe da frente e Gaitan perdeu-se em individualismos e na hora de rematar, na única oportunidade de que dispôs, atirou contra as pernas do adversário.

Cardozo, Bruno, César e Nolito que entraram no decorrer do jogo para a substituição, respectivamente, de Aimar, Rodrigo e Gaitan também não acrescentaram nada, embora Bruno César seja um jogador com que o Benfica tem de contar em todos os jogos.

E foi assim num jogo muito enfadonho, sem emoção, pobre e triste que o Benfica evitou pela primeira vez a derrota na Escócia, o qual por essas mesmas razões também impediu que o Benfica de lá tivesse saído vitorioso pela primeira vez.

No outro jogo do grupo, o Barcelona teve de recorrer ao melhor Messi para levar de vencida um jogo em que esteve a perder por 2-1. A reviravolta no resultado (3-2) aconteceu, mais uma vez, por obra de Messi. Parece que este Barcelona de Tito Villanova tem de recorrer muito mais que o anterior ao talento individual de Messi para resolver problemas que o colectivo não soluciona.

O Spartak de Moscovo, pelo menos no jogo de ontem, demonstrou ser uma equipa difícil, daí que o empate do Benfica em Glasgow não seja, ao contrário do que diz Jorge Jesus, um bom resultado.

Nos demais jogos, o Chelsea empatou a dois com a Juventus, apesar da excelente exibição de Óscar; o Shakhtar Donetz ganhou naturalmente ao Nordsjaelland por 2-0; o Bate Borisov ganhou em Lille por 3-1; o Bayern ganhou em Munique, como lhe competia, ao Valencia por 2-1; e, finalmente, no grupo H, o Cluj derrotou surpreendentemente o Braga na Pedreira por 2-0; e o Manchester United ganhou em casa ao Galatasaray por 1-0.

 

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