NO AGREGADO, BAYERN 3 - BENFICA 2
Depois das vergonhosas prestações do Sporting e do Porto
contra o Bayern de Munique em épocas anteriores não se pode admitir que a eliminação do Benfica pela
diferença mínima tenha sido um bom resultado. Não,não é. Mas não ser um bom
resultado não significa que o desempenho do Benfica nos dois encontros com os
alemães tenha sido mau ou apenas razoável. Não, também não foi. O desempenho do
Benfica foi bom e quase suficiente para passar a eliminatória.
Quando se fala em quase suficiente contra uma equipa como o
Bayern, seguramente uma das melhores equipas do mundo e uma das que mais hipóteses
tem de ganhar a Liga dos Campeões, depois do atlético de Madrid, tem
necessariamente de concluir-se que somente uma grande equipa como o Benfica
poderia ter estado à beira de eliminar o colosso financeiro da Baviera.
Quando ouvimos certos comentadores que se diz serem adeptos
do Benfica, como Carlos Daniel, afirmarem que o Bayern foi incomparavelmente
superior ao Benfica, lamentámos ter de lhes dizer que, por muita erudição
futebolística que tenham, de futebol percebem pouco, a menos que estejam a
querer ser politicamente correctos.
De facto relembrando ambos os jogos, pode dizer-se como muito
bem sublinhou Manuel José, que o Benfica só não marcou, pelo menos, um golo em
Munique (um golo que teria, é quase certo, sido suficiente para passar a
eliminatória) porque de ambas as vezes em que o poderia ter feito a bola foi
ter com o pé esquerdo de Jonas. Se tivesse ido para o direito, outro galo
cantaria.
Em Lisboa, o Benfica depois de um excelente primeiro golo
(Eliseu/Jiménez), só não marcou o segundo logo a seguir um pouco pela mesma
razão. Aquela bola nos pés (no pé esquerdo) de Mitroglou era golo, sem que com
isto se pretenda desmerecer por pouco que seja o excelente trabalho de Raul Jiménez.
Se os alemães oscilaram depois do primeiro golo – e oscilaram
– imagine-se o que não seria se o Benfica tivesse marcado o segundo.
Não marcou e quem oscilou foi o Benfica depois do golo do
empate de Arturo Vidal. Esse golo abalou psicologicamente o Benfica, mas apenas
até ao intervalo. De facto, depois do intervalo, a equipa nunca mais voltou a
baixar os braços, nem mesmo quando estava a perder por 2-1.
Foi graças a essa força anímica e às substituições operadas
que o Benfica conseguiu empatar o jogo com um grande golo de Talisca e esteve
em vias de marcar o terceiro pelo mesmo Talisca numa fase determinante do jogo, uma fase em que o
Bayern estava outra vez oscilado muito. E só por acaso, mesmo assim, o
Benfica não ganhou o jogo no último remate do jogo. Uma vitória que a acontecer
teria sido justíssima e premiaria o seu excelente desempenho nesta
eliminatória, apesar de em termos de resultado final da eliminatória não alterar nada.
Por outro lado – e isto independentemente do resultado do
Benfica – torna-se cada vez mais evidente que a diferente ponderação atribuída
aos golos, consoante são marcados fora ou em casa, constitui hoje um indiscutível
factor de desvirtuamento do resultado final. É tempo de a UEFA acabar com esta
regra “pré-histórica”, atribuindo aos golos o mesmo valor, sejam marcados em
casa ou fora, sejam sofridos em casa ou fora!
Ter muita posse de bola, a maior parte dela estéril, não é
sinónimo de domínio. Pode até representar ineficácia. O que importa é saber
atacar bem e defender melhor. Neste plano, que é o que interessa, o Benfica não
foi inferior ao Bayern. Evidentemente que tudo fica muito complicado quando a
vitória de uma equipa fica garantida mesmo que no agregado dos dois jogos haja
um empate. E foi contra esta hipótese, muito mais do que contra o Bayern, que o
Benfica perdeu esta noite a eliminatória.
Apesar de tudo, regresso meritório à Liga dos Campeões e
grande desempenho, em todos os jogos, do treinador Rui Vitória. Parabéns aos
jogadores, a todos os jogadores que participaram nestes dez jogos da Liga dos
Campeões, pelos resultados obtidos.
7 comentários:
Carlos Daniel é Porto. Nuno Dias, Sporting. Carlos Albuquerque, Sporting. Paulo Sérgio, Sporting.Cláudia Lopes, Sporting. Ribeiro Cristóvão, Sporting. David Borges, Benfica. Octávio Lopes, Sporting. Jorge Batista, Benfica.João Rosado, Sporting.
Amigo Anónimo, Carlos Daniel é tão Benfiquista como eu e se calhar mais que você! Se não acredita aconselho o livro Ser Benfiquista, onde 100 personalidades benfiquistas escrevem sobre o Clube que Amam. E o Carlos aparece lá também com a sua história de ligação ao Benfica. Posso mesmo dizer que é completamente doente! Outra coisa é a postura de independência e isenção que ele acha que deve ter, ao contrário de outros que são adeptos dos outros clubes e que não conseguem ser isentos, não enganam ninguém, tal o facciosismo que demonstram.
Paulo Sérgio não é do sporting, é portista doente!
Carlos Daniel é benfiquista. Mas tal como João Gobern é daqueles que até fala contra o Benfica para demonstrar aos portistas que é isento.
Carlos Daniel isento???
Com plateia diz toda a tolice que a mesma quer ouvir.
É um Pina mais inteligente, sem ser palhaço.
Nem mais. É isso sem tirar nem pôr.
Miguel
p.s. Tenho pena deste blogue não ser tão visível quanto outros devido à sua grande qualidade.
O nome do mesmo não o liga ao nosso clube. Essa é a minha opinião.
Mais 1 Excelente Post.
Apenas discordo das considerações sobre o golo fora; não me parece q seja uma má regra, mesmo nos dias de hoje.
Já tinha pensado nisso e concordo contigo, esta regra dos golos fora já não faz sentido, num tempo em que já não é tão difícil marcar golos fora. Basicamente, esta regra premeia quem ganha 1-0 em casa e depois perde 2-1 ou 3-2 fora, porque basta perder a 2ª mão pela mesma margem. É como dizes, era um obstáculo ainda maior que o próprio Bayern.
Ainda assim, podia perfeitamente ter acontecido nesta nossa eliminatória e seria tremendamente injusto sermos eliminados dessa forma.
Parabéns à equipa e a Rui Vitória, que nos deixaram a todos orgulhosos!!
Parabéns também pelo blog, que só recentemente conheci, mas que passei a acompanhar com agrado.
O Carlos Daniel é benfiquista.
Benfica dá-me o 35!!!
Abraço
Mário Rui
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