segunda-feira, 11 de abril de 2016

O FCP, A BRIGADA DO REUMÁTICO E O PODER




DUAS NOTÍCIAS: UMA BOA E OUTRA MÁ


Quem ouve os comentadores do FCP fica com a certeza de que é com Pinto da Costa à frente do destino do clube que eles acreditam na resolução da crise. Não é apenas Miguel Guedes, cuja fidelidade ao “grande líder” nunca esteve em causa, mas todos. Todos sem excepção.

Não admira que assim seja. Tendo alguns deles nascido ou crescido na era Pinto da Costa, sem nunca terem conhecido a democracia no seio do clube, sem nunca terem ouvido alguém ousar pôr em causa por pouco que fosse os métodos, os processos, as decisões de Pinto da Costa, qualquer que fosse a sua natureza, é natural que mentalidades formadas no convívio com o “guarda Abel”, com Octávio, com Inácio, com Reinaldo Teles e tantos e tantos outros que nem sequer adianta enumerar, capitaneados por Pinto da Costa, também hoje tenham dificuldade em conceber um Porto sem Pinto da Costa e muito menos contra Pinto da Costa.

O que se passa com eles e o que se passa com o FCP é o mesmo que se passa com qualquer ditadura, quando o ditador envelhece e os tempos mudam: a mudança nunca pode esperar-se do ditador e muito menos dos que lhe estão próprios. Todos eles estão demasiado imbricados nas teias do poder para se distanciarem, por pouco que seja, dos métodos antigos.

Eles são uma espécie de “Brigada do Reumático” que presta vassalagem ao chefe, nas vésperas da catástrofe.

Acontece, todavia, que no caso do Porto, além dessa “Brigada do Reumático” que semanalmente vai entoando loas ao “Chefe eterno”, há os que estando mais próximos, se defrontam com os típicos fenómenos de poder em fim de ciclo. Entre esses fenómenos de poder, o negócio” é hoje no FCP um elemento determinante. A tal ponto determinante que o “Chefe”, para manter os manter próximo de si, se viu obrigado a dividir o poder por vários clãs, de modo a todos tentar satisfazer. Acontece que nenhum dos que lá ficará está satisfeito com a repartição: o que cada um deles aspira é herdar todo o poder e não reparti-lo.

Assim, as consequências da decadência estão à vista e são irreversíveis.

Deste fenómeno de decadência resulta uma notícia má e outra boa.

A má é que ninguém pode contar com o Porto para tirar um único ponto ao Sporting. Embora esta consequência não seja conjunturalmente desaprovada pelo velho poder portista, a verdade é que ela acontecerá independentemente dessa vontade. Acontece porque a equipa, depois das palavras do presidente, já não tem condições anímicas para terminar o campeonato com um mínimo de dignidade.

A boa é que se não encara a curto prazo, nos meios portistas, qualquer alternativa a Pinto da Costa. Continuar a acreditar que será com ele e por seu intermédio que o clube se vai reerguer é um “passaporte de tranquilidade” para os seus principais adversários.


1 comentário:

RedAtheist disse...

Eu nao vou chorar ahahahahahahahahahahahahah so quero ver o fim desses corruptos.