sábado, 10 de julho de 2010

O PRESIDENTE LULA EM JOANESBURGO




AS LIMITAÇÕES QUE O CARGO IMPÕE

O Presidente do Brasil esteve em Joanesburgo para receber das mãos da FIFA e do Presidente Sul-Africano o testemunho para a realização do Mundial de 2014 e apresentar o emblema do próximo campeonato, que terá lugar no Brasil, como se sabe.
E, mais uma vez, Lula da Silva não resistiu a pronunciar-se, a sério, sobre o actual Mundial, bem como sobre as equipas que vão disputar a final.
Diz o Presidente que a Espanha, nos seis jogos que já fez, ainda não convenceu e que a Holanda joga “aquele futebol” que nada tem a ver com o de 74 da era Cruyff. E teceu ainda uma crítica irónica, mas séria a Dunga, sobre as tão proclamadas virtudes defensivas da selecção brasileira.
Toda a gente conhece a paixão de Lula pelo futebol, pelo seu Corinthians e pela selecção brasileira. A questão que se põe é se ele deve falar a sério sobre essas questões, na qualidade de Presidente do Brasil, e ainda por cima fora do país, tanto mais que ele se exprime com a parcialidade típica do mais apaixonado dos torcedores.
De facto, não se compreende bem que sendo ele o excelente político que todos admiram, ainda não tenha aprendido os dissabores que as suas incursões pelos domínios futebolísticos lhe podem causar. É que os visados pelos seus comentários tendem a responder-lhe não vendo nele o Presidente do Brasil, mas o torcedor vulgar que distorce a realidade. Ninguém nos domínios da sua competência, dentro ou fora do Brasil, se atreveria a responder-lhe, como já lhe responderam Tevez, quando jogava no Corinthians, e se recusou a ir ao Palácio do Planalto no ano em foi campeão, ou Ronaldo, no Campeonato do Mundo de 2006, a propósito da tal questão do peso a mais.
E desta vez arrisca-se que um espanhol qualquer, num jornal ou numa televisão, lhe responda à letra.
Enfim, até os grandes homens têm imperfeições…

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