O QUE SE ESPERAVA
Antes do começo da época e antes que alguém o dissesse enumerei neste blogue as previsíveis vítimas de Mourinho no Real Madrid, se conseguisse impor a sua vontade soberana.
E simultaneamente alertei para o facto de o Real Madrid ser um clube completamente diferente de todos por que Mourinho tinha passado até então (com excepção do Benfica, onde esteve episodicamente), sendo de esperar grandes dificuldades de adaptação numa personalidade como a de Mourinho habituada a que sejam os outros a adaptar-se a ele.
As previsíveis vítimas de Mourinho, segundo o prognóstico que então fiz, seriam: Jorge Valdano; Cristiano Ronaldo; e o futebol espectáculo.
E expliquei: Valdano era demasiado culto e educado para caber na mesma equipa de Mourinho, ainda por cima numa posição de superioridade hierárquica. O estilo de Mourinho é outro: é o que vimos no Porto; no Inter; também no Chelsea, apesar de a Inglaterra impor limitações objectivas difíceis de ultrapassar; e no Real Madrid no jogo contra o Sevilha.
Cristiano Ronaldo, a segunda vítima, por Mourinho lhe reservar um papel idêntico ao de Eto’o. Aqui enganei-me, mas já explicarei porquê.
A terceira vítima seria o futebol espectáculo de que o Real jamais abdicaria, não só por o seu grande rival ter, desde Cruyff, esse futebol como matriz (embora sem sempre o conseguir), mas fundamentalmente por o Real ser quem é: a equipa do século XX! Poderia, admiti, na primeira época essa inevitável tendência de Mourinho para privilegiar exclusivamente a eficácia ser-lhe “perdoada” se ganhasse algo que se visse, mas jamais o Real aceitaria, como não aceitou com Capelo e outros, perder a sua identidade futebolística em troca de vitórias conseguidas “à Inter”. Daí, ter concluído que a “pátria do futebol” de Mourinho era a Itália, percebendo-se mal por que a abandonou.
E depois num outro post acrescentei: Mourinho ou percebe completamente uma equipa como Real Madrid e se adapta, ou vai ter muitas dificuldades em lá continuar. E expliquei porquê: até hoje Mourinho sempre treinou, com a tal excepção do Benfica, aquilo a que chamei “equipas párias”. Equipas que fazem da sua pequenez a sua força; equipas que vivem em guerra permanente contra todos os que não se submetem às suas estratégias e vontades: árbitros, jornalistas, jornais e estações de rádio e de televisão, equipas adversárias, enfim, toda a gente de fora.
Criam um clima de violência verbal e de constante provocação contra árbitros e jornalistas; pressionam árbitros; fazem “cenas” impróprias do desporto em campo e no acesso aos balneários; enfim, comportam-se realmente como párias. O exemplo máximo é o FCP, onde Mourinho verdadeiramente se educou, mas também as outras, com nuances e algumas diferenças, têm semelhanças entre si, desde logo por serem equipas só de alguns: ou dos ricos; ou de uma família; em regra, apenas com o apoio de um bairro de uma grande cidade.
No Real Madrid tudo seria diferente e nada disto seria admitido. O Real tem um nome a defender, construído com o prestígio adquirido em mais de um século de existência, respeitado e admirado nos quatro cantos do mundo, pelo que de forma alguma aceitaria que Mourinho passasse as marcas, mesmo que ganhasse.
Ainda é cedo para dizer que Mourinho não ganhou. E pode até vir a ganhar, mas a verdae é que ele já está a ensaiar o discurso da derrota, talvez porque ele próprio já tenha interiorizado o falhanço.
Antes do começo da época e antes que alguém o dissesse enumerei neste blogue as previsíveis vítimas de Mourinho no Real Madrid, se conseguisse impor a sua vontade soberana.
E simultaneamente alertei para o facto de o Real Madrid ser um clube completamente diferente de todos por que Mourinho tinha passado até então (com excepção do Benfica, onde esteve episodicamente), sendo de esperar grandes dificuldades de adaptação numa personalidade como a de Mourinho habituada a que sejam os outros a adaptar-se a ele.
As previsíveis vítimas de Mourinho, segundo o prognóstico que então fiz, seriam: Jorge Valdano; Cristiano Ronaldo; e o futebol espectáculo.
E expliquei: Valdano era demasiado culto e educado para caber na mesma equipa de Mourinho, ainda por cima numa posição de superioridade hierárquica. O estilo de Mourinho é outro: é o que vimos no Porto; no Inter; também no Chelsea, apesar de a Inglaterra impor limitações objectivas difíceis de ultrapassar; e no Real Madrid no jogo contra o Sevilha.
Cristiano Ronaldo, a segunda vítima, por Mourinho lhe reservar um papel idêntico ao de Eto’o. Aqui enganei-me, mas já explicarei porquê.
A terceira vítima seria o futebol espectáculo de que o Real jamais abdicaria, não só por o seu grande rival ter, desde Cruyff, esse futebol como matriz (embora sem sempre o conseguir), mas fundamentalmente por o Real ser quem é: a equipa do século XX! Poderia, admiti, na primeira época essa inevitável tendência de Mourinho para privilegiar exclusivamente a eficácia ser-lhe “perdoada” se ganhasse algo que se visse, mas jamais o Real aceitaria, como não aceitou com Capelo e outros, perder a sua identidade futebolística em troca de vitórias conseguidas “à Inter”. Daí, ter concluído que a “pátria do futebol” de Mourinho era a Itália, percebendo-se mal por que a abandonou.
E depois num outro post acrescentei: Mourinho ou percebe completamente uma equipa como Real Madrid e se adapta, ou vai ter muitas dificuldades em lá continuar. E expliquei porquê: até hoje Mourinho sempre treinou, com a tal excepção do Benfica, aquilo a que chamei “equipas párias”. Equipas que fazem da sua pequenez a sua força; equipas que vivem em guerra permanente contra todos os que não se submetem às suas estratégias e vontades: árbitros, jornalistas, jornais e estações de rádio e de televisão, equipas adversárias, enfim, toda a gente de fora.
Criam um clima de violência verbal e de constante provocação contra árbitros e jornalistas; pressionam árbitros; fazem “cenas” impróprias do desporto em campo e no acesso aos balneários; enfim, comportam-se realmente como párias. O exemplo máximo é o FCP, onde Mourinho verdadeiramente se educou, mas também as outras, com nuances e algumas diferenças, têm semelhanças entre si, desde logo por serem equipas só de alguns: ou dos ricos; ou de uma família; em regra, apenas com o apoio de um bairro de uma grande cidade.
No Real Madrid tudo seria diferente e nada disto seria admitido. O Real tem um nome a defender, construído com o prestígio adquirido em mais de um século de existência, respeitado e admirado nos quatro cantos do mundo, pelo que de forma alguma aceitaria que Mourinho passasse as marcas, mesmo que ganhasse.
Ainda é cedo para dizer que Mourinho não ganhou. E pode até vir a ganhar, mas a verdae é que ele já está a ensaiar o discurso da derrota, talvez porque ele próprio já tenha interiorizado o falhanço.
Na tentativa de se adaptar às exigências futebolísticas do Real, aceitou não sacrificar Cristiano Ronaldo em nome do futebol espectáculo (já o mesmo se não poderá dizer completamente de Di Maria), aceitou jogar o jogo que o Real e os seus adeptos querem ver jogado …e até agora tem falhado!
Falhou, primeiro, porque a Liga espanhola é muito difícil; depois, porque há nela uma super-equipa que deu a Mourinho um dos maiores “banhos de bola” da história do futebol. Mourinho, depois desse jogo de Camp Nou, nunca mais se recompôs. E Florentino Pérez, depois desse jogo, também percebeu que Mourinho não era o tal Midas que transformava em ouro tudo o que tocava; pelo contrário, até viu nele a existência de algum latão. E depois, a gota de água foi o jogo contra o Sevilha no Santiago de Bernabeu.
As cenas de violência com a equipa técnica do Sevilha, o empurrão ao veterano director de campo do Real Madrid, o ataque aos árbitros, o tratamento desrespeitoso a Jorge Valdano, a reacção da imprensa “madridista”, enfim, tudo isso pesou definitivamente na balança para que Florentino Pérez tenha claramente optado por Valdano e desautorizado Mourinho.
O jogo de Almeria, que confirma o nervosismo de Mourinho e o seu falhanço, foi apenas um pretexto que Mourinho tenta aproveitar a seu favor contra Valdano. Mas sem qualquer êxito, porque aquela conversa muito em voga no FCP – e infelizmente também já em uso noutras latitudes – para “atrasados mentais” não pega em Espanha. Por mais manobras de diversão que Mourinho invente, toda a gente percebeu que pôr Kaká a jogar no lugar de Benzema foi um erro…que a entrada de Benzema reparou parcialmente. Também não colhe em Madrid a versão que Mourinho se esforça por passar para os media e os adeptos, segundo a qual todos o problemas decorrem da sua relação com Valdano. Dito de outro modo, afastado este tudo seria diferente
Em conclusão: não admira que Mourinho diga que quer ir embora; contudo, em Madrid toda a gente percebe que Mourinho está a jogar a sua derradeira cartada para expulsar Valdano impor o seu estilo, fazendo ele próprio a ligação da equpa com o Presidente. Só que não será com empates na casa do “colista” do campeonato que o vai conseguir!
As cenas de violência com a equipa técnica do Sevilha, o empurrão ao veterano director de campo do Real Madrid, o ataque aos árbitros, o tratamento desrespeitoso a Jorge Valdano, a reacção da imprensa “madridista”, enfim, tudo isso pesou definitivamente na balança para que Florentino Pérez tenha claramente optado por Valdano e desautorizado Mourinho.
O jogo de Almeria, que confirma o nervosismo de Mourinho e o seu falhanço, foi apenas um pretexto que Mourinho tenta aproveitar a seu favor contra Valdano. Mas sem qualquer êxito, porque aquela conversa muito em voga no FCP – e infelizmente também já em uso noutras latitudes – para “atrasados mentais” não pega em Espanha. Por mais manobras de diversão que Mourinho invente, toda a gente percebeu que pôr Kaká a jogar no lugar de Benzema foi um erro…que a entrada de Benzema reparou parcialmente. Também não colhe em Madrid a versão que Mourinho se esforça por passar para os media e os adeptos, segundo a qual todos o problemas decorrem da sua relação com Valdano. Dito de outro modo, afastado este tudo seria diferente
Em conclusão: não admira que Mourinho diga que quer ir embora; contudo, em Madrid toda a gente percebe que Mourinho está a jogar a sua derradeira cartada para expulsar Valdano impor o seu estilo, fazendo ele próprio a ligação da equpa com o Presidente. Só que não será com empates na casa do “colista” do campeonato que o vai conseguir!
3 comentários:
Ainda bem que há pessoas que se dignam partilhar tanta da sua inteligência, objectividade, imparcialidade e informação fidedigna com os pobres.
Um grande Bem-haja.
Como nós apreciamos a sua inteligência de frases curtas e pensamentos profundos!Os pobres vão todos ficar mais ricos com tanta generosidae intelectual...
deves ser mesmo muito otario. queria ver-te a ti. e muito facil falar. tens a mania que sabes mas gostava mesmo de te ver a ti no lugar dele. e muito triste. aposto que nao publicas os comentarios que te contradizem que devem ser aos milhoes. por isso e que so tens dois. felizmente so ha dois gajos tao arrogantes como tu. e uma tristeza.dor de cototvelo e muito feia. nao digas mais asneiras que ate te fica mal.
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