sábado, 26 de maio de 2012

A SELECÇÃO NACIONAL ASSOBIADA EM LEIRIA




EMPATE A ZERO COM A MACEDÓNIA
PORUGAL - 0 - MACEDÓNIA - 0



No jogo desta tarde, em Leiria, a selecção não foi capaz de ir além de um empate com a Macedónia, num jogo fraco que não agradou a ninguém, a começar pelo público presente no estádio.

Com um alinhamento que não será muito provavelmente o que vai apresentar no Europeu, a selecção não conseguiu vencer a modesta equipa da Macedónia. Com um meio campo sem ideias, incapaz de abrir perspectivas aos avançados, com dois extremos sem grande criatividade, apesar de um deles se chamar Cristiano Ronaldo, e com um ponta de lança que não marca golos nem se coloca em condições de os marcar, a selecção praticamente nada fez no primeiro tempo e no segundo também não.

Na defesa, Coentrão, muito limitado durante a época, por força da tirania táctica de Mourinho, ainda não consegue manter o fulgor doutrora, embora dê algumas indicações de que poderá lá chegar. Do outro lado da defesa, João Pereira não se deparou com grandes dificuldades, embora também não feito nada de especial no ataque, sendo provável que neste jogo, mais do que qualquer outro, se tenha deparado com o fantasma de Bosingwa. Por alguma razão Paulo Bento se viu obrigado a fazer um elogio de todo despropositado.

Beto na baliza e Bruno Alves e Rolando como centrais foram resolvendo as poucas dificuldades que tiveram, embora estes dois tenham porventura recorrido exageradamente a faltas.

Na segunda parte as substituições que foram sendo feitas com a intenção de dar minutos a outros jogadores pouco acrescentaram ao que até então vinha sendo feito. Raul Meireles de quem porventura mais se esperaria passou completamente ao lado do jogo e Nani também nada acrescentou. Hugo Almeida fez o habitual, pouco, e Nelson Oliveira não chegou verdadeiramente a integrar-se no ataque, apesar de ter participado numa jogada com perigo.

Os assobios do público a Quaresma e depois à selecção não podem ser desligados de uma certa crítica a Paulo Bento que vem perdendo com o tempo e com a sua actuação a aura com que partiu. O público é muito sensível à falta de independência do seleccionador – Scolari, é bom lembrá-lo, nunca foi assobiado - e relativamente a Paulo Bento começa a haver indícios de que já está “integrado”.

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