SINAIS QUE INDICIAM DESAVENÇA
Sem fontes privilegiadas., apenas com base no conhecimento
que se tem dos intervenientes, principalmente de Jesus, tendo em conta apenas nas
chamadas fontes abertas, há razões para supor que o treinador leonino tem vindo
a afastar-se gradualmente do presidente.
Em primeiro lugar, a Jesus nunca lhe agradou ter Bruno de
Carvalho no banco. É para ele inaceitável que no “lugar sagrado” do treinador
haja alguém que hierarquicamente lhe seja superior. Não se trata de saber se há
interferências do presidente em áreas que não são suas, trata-se pura e
simplesmente de uma questão de estatuto. Acontece que Jesus se viu obrigado a
ter de aceitar Bruno de Carvalho, depois das provocações que logo na pré-época Rodolfo
Reis lhe lançou no programa “play off”. Depois do que o ex-jogador portista
disse a Jesus, Bruno de Carvalho tinha mesmo de ir para o banco. Foi uma provocação
totalmente conseguida, já que Rodolfo quando a fez tinha perfeita consciência
do resultado da sua provocação (obter o efeito contrário àquele que ele
garantia não acontecer, por contraposição a Marco Silva) e apostava, como é
óbvio, na erosão da relação entre duas personalidades que não foram feitas para
conviver num pequeno espaço de grande tensão.
Já havia indícios da erosão da relação entre ambos por força
de comportamentos de Bruno de Carvalho, no banco, que Jesus não aprovava e até já havia avisos feitos publicamente, mas a
prova evidente de que, para Jesus, Bruno de Carvalho causava um mal-estar
prejudicial à equipa aconteceu no jogo contra o Tondela. Não que Jesus tenha
estado calmo quando Bruno de Carvalho se manifestava, mas porque imediatamente
percebeu que o presidente se excedeu perigosamente chamando “corruptos” à equipa
de arbitragem, o que, independentemente do castigo que lhe será aplicado, Jesus
teme que passe a haver da parte dos árbitros má vontade contra a sua equipa.
Tanto assim que no final daquele jogo responsabilizou pelo empate…o Tondela. No dia
seguinte, Bruno de Carvalho verberou aqueles que no Sporting têm vozes
discordantes das que se devem ouvir na defesa do clube.
Depois veio a história das transferências falhadas. Elas já
tinham acontecido na pré-época, o efeito desse desaire tinha sido mal digerido,
embora algumas vitórias, nomeadamente contra o Benfica, tenham atenuado os seus efeitos. Só que elas repetiram-se no mercado de Janeiro e então Jesus não pôde calar a sua
revolta e manifestou-se contra a incompetência reinante no Sporting, dando
publicamente conta desse seu mal-estar depois do jogo da Taça da Liga contra o
Arouca.
Mas foi exactamente no lançamento do jogo desta tarde, contra
a Académica, ao abordar o “caso Carrillo”, que Jesus publicamente se desviou
abertamente da linha oficial ao reconhecer sem reticências o direito de Carrillo
a decidir do seu futuro. Nunca foi segredo para ninguém que Jesus queria contar
com Carrilho até ao fim do contrato, ou seja, até ao fim da época à semelhança do
que o ano passado aconteceu no Benfica com Maxi Pereira. Ontem, Jesus foi muito
claro na defesa da decisão de Carrillo. É certo que essa defesa também lhe interessava
como auto-justificação, embora, que se saiba, ninguém no Benfica tenha contestado
a sua saída, mas apenas o modo como o fez.
Sobre Carrillo, independentemente de saber se vai ou não para
o Benfica, o que é lamentável é que um jogador de futebol, um trabalhador,
tenha sido impedido pela entidade patronal de exercer a sua profissão, apenas
porque não quer renovar o contacto com ela. E mais lamentável que ninguém tenha
juridicamente defendido o jogador, que, segundo aqui dissemos, até tinha o
direito de rescindir com justa causa o seu contrato com o Sporting com base no
comportamento por este adoptado. E mais do que isso, poderia inclusive pedir
uma indemnização ao clube por ser por demais evidente pelas declarações
públicas dos dirigentes e de outros responsáveis, como por exemplo, Inácio, que
a proibição de treinar-se com a equipa principal tinha exclusivamente como causa
com a sua recusa em renovar.
Em conclusão: eliminado na Taça de Portugal, eliminado na
Taça da Liga, com uma eliminatória muito difícil na Liga Europa, que tem todos
os condimentos para correr mal, bastará o menor desaire do Sporting no
campeonato, se não for acompanhado de idêntico desaire por parte do Benfica,
para que a relação entre o treinador e o presidente se deteriore gravemente com
as conhecidas consequências que Bruno de Carvalho costuma emprestar a essas
deteriorações. E nem será de estranhar – fica
aqui dito para memória futura – que Bruno de Carvalho venha, por qualquer
coisa que corra mal, a acusar Jesus de já estar com a “cabeça no Porto”.
4 comentários:
Cheiram a desespero!
Não estavam habituados a ter um Sporting fortíssimo e já nem conseguem dormir.
Vão ter que levar com o Bruno e com o Jesus nos próximos 3 anos. Face ao fraco rendimento do Porto as faixas já estão encomendadas, ou acha a lampionagem que o colinho levará o Benfica a fazer sequer sombra ao Sporting? Nos próximos 3 anos o vosso adversário é o Braguinha!
Vasco!
Ó ANÓNIMO NEM TU ACREDITAS NO QUE DIZES
QUANTO MAIS OS BENFIQUISTAS !
Amanhã começam a encostam em Moreira de Cónegos!
Rumo ao terceiro lugar!
Vasco!
Sim! Sim! Encosto sim, mas numa poltrona de luxo! Ah! Ah! Ah!
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