sábado, 15 de maio de 2010

QUEIROZ JUSTIFICA-SE MAL




O QUE QUEIROZ AINDA NÃO PERCEBEU



Queiroz continua a ter necessidade de explicar as suas escolhas. Se tivessem sido minimamente consensuais não teria que o fazer. E se ele fosse um seleccionador seguro também não o faria.
Ele já percebeu que os portugueses não o apoiam e que a selecção lhes inspira fortes desconfianças. Só que ele ainda não percebeu porque acontece uma coisa e outra.
E vai-se desdobrando em explicações tontas como a da não convocação do Quim. Não tem futuro, diz ele; só tem presente!E diz isto como se o próximo Campeonato do Mundo não fosse a prova mais importante que ele vai ter de enfrentar durante todo o seu contrato. Será que ele quer dizer que vai à África do Sul para preparar uma equipa para ganhar o Europeu de sub 21?
E Deco, tem futuro? E Miguel e Paulo Ferreira? E Ricardo Carvalho? E Liedson? A inteligência é algo que não bateu à porta o seleccionador nacional.
Queiroz também não percebeu que a selecção precisa de criar uma empatia com o público. Não necessariamente com a imprensa nem com os media em geral, mas com o público é indispensável. Sem essa empatia não há possibilidade de êxito.
A empatia com o público pode criar-se a partir do carisma do seleccionador, mas não dispensa os jogadores. Se a empatia com o seleccionador não existe, como é manifestamente o caso, ela somente pode advir da relação entre os jogadores e o público. Queiroz ao eliminar das suas escolhas jogadores campeões nacionais e ao optar por outros que nada tem de indiscutíveis traçou a sua sentença de morte.
Dito de outro modo: a aliança com certas personalidades perversas do nosso futebol pode vir a ser-lhe útil para receber as indemnizações por incumprimento do contrato, mas será péssimo para a sua reputação como seleccionador.
Já falta pouco tempo para se ver como vai ser....

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