sábado, 23 de outubro de 2010

PELÉ, 70 ANOS




O TEMPO PASSA, MAS PELÉ FICARÁ PARA SEMPRE

Falámos do jogador, do extraordinário jogador, que, durante 21 anos, no Santos, na Selecção do Brasil e, já no ocaso da carreira, no Cosmos de Nova York, inundou os relvados de alegria, magia e golos.
Não tem o menor interesse perguntar o que seria hoje Pelé, se jogasse agora. A história não tem “ses”. A vida de cada um de nós também não. Vivemos o tempo que a natureza nos destina e é nesse tempo que temos de provar quem somos.
Nunca na história do futebol, um extraordinário jogador ganhou tantos títulos como Pelé.
Três Campeonatos do Mundo, dez campeonatos paulistas, quatro campeonatos Rio-S.Paulo, duas Taças de Libertadores da América, duas Copas Intercontinentais, uma Recopa Sul-Americana, uma Recopa dos Campeões Intercontinentais, uma Liga Norte-Americana de Futebol.
Marcou 1284 golos em 1375 jogos; jogou 115 vezes pela selecção do Brasil; marcou 95 golos pela Selecção brasileira; marcou 127 golos na temporada de 1959; foi 11 vezes o melhor marcador do campeonato paulista.
Está tudo dito. Também não faz qualquer sentido dizer que Pelé nunca jogou na Europa, não tendo, portanto, sido submetido à dura prova do futebol europeu. No tempo de Pelé, isso não faz sentido. Os grandes jogadores brasileiros jogavam todos, ou quase todos, no Brasil. As equipas sul-americanas, nomeadamente as brasileiras, eram melhores do que as europeias. Só mais tarde, depois de Pelé se ter retirado, ou quando já estava na América do Norte, é que a tendência se inverteu. Os grandes jogadores sul-americanos passaram a jogar nas equipas europeias e as grandes equipas europeias passaram a ser indiscutivelmente superiores às latino-americanas. Pelo contrário, no tempo de Pelé, havia vários estrangeiros (bons) a jogar no Brasil.
E o que conta é o que Pelé fez no seu tempo e não o que Pelé faria hoje, porque isso é impossível saber-se.
Sabemos o que no seu tempo fizeram outros extraordinários jogadores…e todos lhe foram inferiores. E nem sequer sabemos o que poderiam ter sido esses jogadores se tivessem jogado na equipa do Santos ou na selecção do Brasil, pela simples razão de nunca lá terem estado…
Portanto, por mais que se goste de Maradona, de Zidane, de Cruyff, de Bekenbauer, de Eusébio, de Messi, nenhum deles ganhou os títulos que Pelé ganhou, nenhum deles marcou tanto golos como Pelé, nenhum deles – nem os contemporâneos, nem os pósteros – igualou Pelé.
Pelé é, muito justamente, o maior!

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