AUTOCARRO DO BENFICA APEDREJADO EM
BRAGA
O Benfica foi eliminado pelo Braga nas meias-finais da Taça
da Liga, por grande grandes penalidades, numa partida que terminou empatada a
zero.
Enquanto o Braga disputava o jogo da época, o Benfica cumpria
calendário. Tudo se teria passado normalmente se na segunda parte não tivesse
ficado por assinalar um penalty sobre Gaitan, que poderia ter alterado o curso do jogo. Coisas que acontecem...a uns mais que a outros.
À parte esse incidente o jogo foi mais ou menos aquilo que se
previa. Duas equipas a tentar explorar o contra-ataque e com oportunidades repartidas, embora Rodrigo com um pouquinho mais de
sorte pudesse ter marcado, pelo menos, numa das duas vezes em que esteve próximo de o fazer.
O Benfica jogou com a equipa que Jorge Jesus considerou
adequada à competição em disputa e ninguém o pode criticar por isso. Não
passou, mas poderia ter passado. A equipa não sofreu golos e isso é positivo
tendo em conta o tipo de provas que ainda tem pela frente. A única coisa
criticável é o Benfica ter falhado 60% das penalidades de que dispôs. É muito.
Até parecia que não havia entre os jogadores em campo quem fosse mais inábil.
De facto, para além do mérito de Quim, que defendeu duas, houve grande demérito
nos três marcadores que falharam: Luisão, Roderick e Gaitan. Não é admissível
falhar tantos penalties. Será que não treinam este tipo de lances? É que não se trata somente
de sorte como frequentemente se diz. É também incompetência.
O Benfica reconheceu mérito na vitória do Braga e não havia
nenhuma razão para que tudo se não passasse normalmente depois do jogo. Só que
não passou. Alguns quilómetros depois de ter deixado o Estádio, o autocarro do
Benfica foi apedrejado com blocos de cimento atirados de cima de um viaduto.
Um acto grave que poderia ter tido consequências dramáticas se alguem fosse sentado nos lugares atingidos. Não pode haver zonas do país interditas aos autocarros dos clubes. Pelo contrário, o que tem de haver é a interdição de certas zonas a pessoas que não sabem viver em sociedade. Pessoas que praticam uma cultura de ódio e de violência, a quem não repugna usar a ameaça, a chantagem e a violência como armas do desporto.
O Benfica tinha excelentes relações com o público de Braga.
Nunca um acto destes teria condições para acontecer em Braga. A verdade é que
aconteceu. É necessário perceber porquê. Quem tem um longo historial de apedrejamento
do autocarro do Benfica é outro clube. Será o acto de selvajaria hoje praticado
em Braga da responsabilidade de adeptos do Braga ou de infiltrados que utilizam
o Braga como utilizam qualquer outro clube para hostilizar o Benfica? Tratar-se-á de verdadeiros adeptos do Braga? Ninguém acredita nisso. É um acto típico de
covardes que aproveitaram o disfarce do Braga para voltar a cometer o crime que já por várias vezes tinham praticado noutro
lugar.
Espera-se uma palavra do presidente do Braga, embora se saiba que as indignações desse dirigente são sempre muito relativas e dirigidas apenas a certos alvos.
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