DESDE O MONSTRO SERRÃO
A PINTO DA COSTA
O lobisomen até diz que a sanção de Cardozo tem de ser
exemplar por o seu comportamento não ter tido lugar contra um árbitro qualquer,
mas contra o melhor árbitro do mundo! Ora aqui está um monstro sincero e
inteligente: as sanções resultantes de comportamentos indevidos contra árbitros
não resultam do facto de terem sido praticados contra árbitros, mas dependem e
variam em função da qualidade do árbitro. Por exemplo, se for cometida contra
um árbitro amigo do FCP a sanção a aplicar deverá ser máxima, se possível
irradiação!
Se por um lado esta fúria justiceira demonstra bem o medo, o
terror mesmo, que Cardozo lhes infunde, por outro ela é também elucidativa do
carácter e da personalidade das pessoas de que estamos a falar.
O Porto, como toda a gente sabe, já fez todo o género de
tropelias com árbitros de futebol. Tropelias é uma palavra suave para factos que
podem ser documentados com imagens e com gravações de som.
Recorrendo apenas aos factos mais recentes – e quando falamos
em factos recentes reportámo-nos à “relação” do Porto com os árbitros iniciada
nos anos 80 do século passado com a nomeação de Pinto da Costa para dirigente
do departamento de futebol – podemos começar pela célebre cena em que Vítor
Baía e C.ª empurraram o Pratas em Coimbra de um lado ao outro do campo,
acabando por o meter dentro da baliza do Benfica.
Castigos? Zero!
Depois podemos continuar com Kostandinov a agredir um fiscal
de linha, por teranulado um golo ao Porto, marcado na sequência de uma jogada com a mão..
Castigo? Zero!
Continuar com Deco a atirar a chuteira ao árbitro Paulo
Parati (cena cujas consequências estão suficientemente ilustradas nas ameaças
então proferidas no jornal “o Jogo” e nas escutas a Pinto da Costa).
Castigo? 2 Jogos, após recurso.
E, para não sobrecarregar os leitores com factos que eles sobejamente
conhecem, finalizaremos com três “peitadas” (não uma, nem duas, mas três) de
Bellucci a Duarte Gomes.
Castigo? Por aquele comportamento, Zero!
Ora aí estão os exemplos em que os homens do Porto se baseiam
para exigirem a pena máxima…
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