ERROS CRASSOS DE JESUS
O Benfica tem um plantel melhor que o do ano passado, tem bons valores individuais, poderia fazer uma boa equipa, mas não tem um treinador à altura. Estar a ganhar por 2-0 aos dezanove minutos de jogo e empatar é algo que não augura nada de bom.
Mais uma vez o arrogante Jesus evidenciou aos olhos de toda a gente as suas conhecidas limitações. Em primeiro lugar, é inexplicável que Cappedevila não tenha sido convocado, nem faça parte da lista dos jogadores utilizáveis no play-off da Liga dos Campeões. Mesmo que haja razões técnicas para o deixar de fora, as justificações de Jesus são inaceitáveis. Só quem pretenda criar mau ambiente no balneário pode apresentar justificações como as de Jesus.
Mas há mais: no jogo desta noite, contra o Gil Vicente, a saída de Aimar, em detrimento de Jara, é mesmo de quem percebe pouco de futebol. Não está em causa a entrada de Witsel, naquela altura ou mais tarde, mas sim a substituição do jogador mais criativo do Benfica, ainda por cima a jogar muito bem, deixando ficar em campo quem reúne poucas ou nenhumas condições para jogar de início. DE facto, manter Jara em campo foi um erro: um erro crasso. Mas se a saída de Aimar é injustificável, a de Gaitan também anda lá perto. Não que Gaitan estivesse a fazer uma grande exibição, mas com Gaitan em campo é sempre possível esperar que o “impossível” aconteça. Enzo Perez ainda está muito longe de poder corresponder às exigências do futebol europeu.
Tudo isto será estupidez do treinador? Provavelmente é, mas nunca é de pôr de parte a hipótese, num desporto tão permeável aos mais diversos interesses, como é o futebol profissional, que haja, além da estupidez, outras razões.
Jesus é caprichoso, vingativo e acima de tudo pouco inteligente. Cabe-lhe por inteiro a responsabilidade do empate.
Na defesa, só Artur realizou uma grande exibição. Ruben Amorim, tal como Jara, é para entrar com o jogo em andamento, de preferência no meio do campo. O primeiro golo do Gil Vicente resulta de uma falha sua, inadmissível em alta competição, com a agravante de ser um tipo de intervenção (no caso, de não intervenção) que já poderia ter dado mau resultado uns minutos antes. Foi por um triz que não deu.
Emerson é um jogador de qualidade média, sem rasgo, com poucas falhas, mas de pouquíssima utilidade atacante. Não convocar o lateral esquerdo da selecção espanhola, campeão da Europa e do Mundo, é algo que só mesmo está ao alcance de um treinador como Jorge Jesus.
Os centrais que jogaram também não são nada de especial. Jardel é vulgar e Garay está longe de ser um craque. Ou seja, Luisão faz muita falta.
A linha média tem hoje mais força, mas ela só será rentabilizada se na frente houver jogadores de grande nível. E esses não são certamente Jara, nem Enzo Pérez - este, pelo menos, para já.
Nolito e Saviola marcaram pelo Benfica. Com o golo de hoje, Nolito soja soma cinco com a camisola do Benfica
O Gil Vicente ficou claramente perturbado com a rapidez e a capacidade de contra-ataque do Benfica, sofreu dois golos em menos de vinte minutos, mas nunca se desorganizou. Marcou no fim da primeira parte um golo oferecido por Ruben Amorim e no começo da segunda, quando parecia estar a claudicar, por Laionel. Um grande golo! Manda, todavia, a verdade que se diga que antes e depois do dois zero o Gil Vicente só não marcou devido à grande classe de Artur.
A arbitragem, embora sem clase, comno se esperava, não teve qualquer influência no resultado. Marcou faltas inexistentes num jogo disputado com correcção, salvo uma ou outra simulação. Puniu uma, deixou por punir outra.
Em conclusão, o Benfica começa mal e, como se verá, Jesus não tem futuro na Luz. São erros a mais…
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