sábado, 6 de fevereiro de 2010

BRUNO PRATA: A MENTIRA E A HIPOCRISIA SOB A CAPA DA FALSA MORALIDADE







À FALTA DE ARGUMENTOS, CULPAM-SE AMBOS COM BASE EM INSINUAÇÕES E FALSIDADES

É uma técnica conhecida, usada na política, no desporto, na barra, ou até nas simples disputas retóricas: quando não há argumentos para defender o nosso favorito, a melhor saída é aceitar a culpa e dividi-la com o adversário com base em imputações falsas ou insinuações insidiosas.
É o que faz Bruno Prata, conhecido comentador do FCP, no Público de hoje. Para começar, diz que o Benfica e o Porto andam a fazer mal ao futebol e depois enumera um conjunto de factos que imputa a ambos os clubes, fazendo de conta que se trata de factos pelos quais os dois clubes são igualmente responsáveis.
A saber: “pancadaria no intervalo do Braga-Benfica”; “sopapos no Benfica-Porto”; “o autocarro portista e o carro de Pinto da Costa atingidos à pedrada”; “um segurança do Benfica a pontapear um responsável portista”; “as declarações de Ruben Micael”; “as conversas telefónicas de Pinto da Costa” e C.ª no You Tube”; “uma suposta tentativa de aliciamento dos jogadores do Leixões para ganharem ao Benfica”; “o castigo de Mossoró com três jogos” e a insinuação de que tal castigo lhe foi aplicado para que pudesse jogar contra o Porto (!!!); e ainda a de que os castigos aos jogadores do Braga só foram aplicados para abrir caminho aos de Hulk e Sapunaru; a afirmação de que o “Conselho de Justiça da Federação é composto por juízes jubilados relativamente aos quais desde há muito se percebeu que têm o mesmo entendimento jurídico que tem norteado o advogado coimbrão Ricardo Costa na presidência da Comissão Disciplinar da Liga”.
Depois vem a moral, em três andamentos: primeiro: o que o futebol precisa é de um tribunal desportivo por juízes fiscalizados pelo Conselho Superior de Magistratura; segundo: as vítimas da arbitragem são sempre os pequenos; terceiro: a convicção de que factores exógenos estão a favorecer o Benfica, sendo isso a maior injustiça que se pode fazer aos méritos de Jorge Jesus, à capacidade dos seus jogadores e à qualidade futebolística do Benfica!
Só mesmo no futebol se pode escrever assim. Só mesmo num domínio onde reinam as paixões, muita iliteracia e uma total falta de vergonha se pode alinhavar uma prosa inconsistente, hipócrita, incoerente, falaciosa e insustentável como a que acaba de ser descrita.
Que relação é que há entre o que se passou no túnel da Luz e o Benfica: apenas a de o túnel estar situado no Estádio do Benfica. Tudo o mais é da responsabilidade dos jogadores do Porto, como toda a gente viu. Que é que o Benfica, como clube, tem a ver com as pedradas que atingiram o autocarro do Porto e o carro de Pinto da Costa a caminho do campo do Estoril onde iam fazer um jogo da Taça de Portugal? Obviamente nada. O Benfica não tem rigorosamente nada a ver com isso e só mesmo um desavergonhado como Bruno Prata pode fazer tal insinuação ou afirmação.
E de quem é a pancadaria no intervalo do Braga-Benfica? Quem levou e quem bateu? Quem foi injustamente castigado por ter apanhado um soco? Que é que o Benfica tem a ver com as conversas telefónicas de Pinto da Costa sobre árbitros, “fruta”, convites a árbitros e tudo o mais que se sabe? Só mesmo um falsificador pode confundir o conhecimento que se tem de um crime ou de um ilícito desportivo com o autor desse crime ou desse ilícito desportivo.
Depois faz insinuações estúpidas e inconsistentes, como as relacionadas com os castigos aplicados aos jogadores do Braga, acusados de agressão e de tentativa de agressão, tentando confundir os autores com as vítimas e fazendo uma ainda mais estúpida relação entre o castigo de Mossoró e o facto de ele poder jogar contra o Porto. Então, o que pretendia: que Mossoró fosse castigado com 4 jogos para não poder jogar contra o Porto?
A seguir a deturpação de um facto ocorrido há dois anos como se se tivesse passado agora!
Depois a suspeição, sem adiantar qualquer prova, sobre a Comissão Disciplinar da Liga e sobre o Conselho de Disciplina da Federação. Suspeição apenas baseada no facto de não julgarem segundo os interesses do FCP. Se aplicam ou não as normas correctamente, isso não interessa. O que interessa é que julguem segundo os interesses do clube de Brunio Prata. Então quem tem competência para julgar segundo Bruno Prata? Quem lá não está: o Tribunal Desportivo. Só que nisso a gente não acredita. A gente só acredita que Bruno Prata concordaria com uma arbitragem dirigida pelo falecido Adriano Pinto. Ou pelo “emérito” Lourenço Pinto. Ou por aquele que está ser julgado por corrupção ou por gente assim. Esses sim, são os juízes impolutos que preencheriam os critérios “ético-jurídicos” de Bruno Prata.
E no fim de tudo isto vem a hipócrita afirmação de que Jorge Jesus, o Benfica, os seus jogadores não mereciam isto.
É preciso ter lata. Há um episódio que define Bruno Prata: aqui há anos, há mais de uma década, o Benfica ganhou em Alvalade ao Sporting por 6-3 num jogo memoráve3l que praticamente lhe assegurou o título. O Público na análise que fez ao jogo e na pontuação atribuída aos jogadores, concedeu, no conjunto, mais de dez pontos de vantagem aos jogadores do Sporting sobre os do Benfica. É preciso dizer mais alguma coisa?

1 comentário:

Unknown disse...

És um gajo um pouco básico... Nem tentas difarçar o ódio que detila cada palavra tua.
E a distorção da fotografia do senhor é digna dos melhores dias do regime estalinista.