segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

BENFICA EM GRANDE



PORTO NÃO CONVENCE

O Benfica jogou, em Setúbal, logo a seguir ao jogo do Porto, em casa, contra o Rio Ave e no fim dos dois jogos toda a gente ficou a perdeber a grande diferença que, neste momento, existe sobre as duas equipas.
O Bonfim é um terreno tradicionalmente difícil para o Benfica. Já lá tem perdido pontos muitas vezes ou até eliminatórias, embora também tenha somado muitas vitórias, quase sempre difíceis.
E este ano, mais uma vez, o Benfica defrontou uma equipa que não pode, certamente, jogar muitas vezes como jogou ontem, porque, se jogasse, não estaria no lugar que está. Mistérios…
Apesar de o Setúbal ter feita uma boa primeira parte, o Benfica nunca esteve em risco, salvo numa desatenção de Roberto logo corrigida pelo próprio. Pelo contrário, várias foram as vezes em que o Benfica atacou a baliza adversária com possibilidade de golo. Apenas negado por mérito do guarda-redes Diego ou por Miguelito ter salvado o golo sobre a linha de baliza, o que, aliás, voltou a fazer na segunda parte.
Como consequência normal das oportunidades criadas, o Benfica marcou a trinta segundos do termo da primeira parte num excelente golo de Gaitan, depois de uma perda de bola do Setúbal, perto da área do Benfica, que Saviola, pela direita, conduziu magistralmente, fazendo um passe largo para as costas da defesa setubalense.
A execução de Gaitan foi perfeita e, contrariamente ao que disse João Pinto na TVI, não foi um remate relativamente falhado, mas um remate executado com muita técnica. Aliás, Gaitan, continuando assim, breve fará esquecer definitivamente Di Maria, se é que já não fez.
Na segunda parte, o Setúbal voltou a entrar com força, muito empenhado, chegou a fazer um remate com relativo perigo do lado direito, que Roberto defendeu bem e um outro de longe, por Pitbull, a que Roberto voltou a corresponder com excelente defesa.
Na parte final do jogo, como acontecia o ano passado, o Benfica voltou a superiorizar-se e marcou naturalmente o segundo golo, numa excelente recuperação e posterior execução de Jara, a passe de Maxi. Jara, tal como Gaitan, embora jogando menos tempo, está-se afirmando como um excelente reforço e hoje já parece um jogador completamente diferente daquele que cá chegou.
Qualquer um deles, apesar de muito novos, levou muito menos tempo a afirmar-se do que Di Maria. E isso também demonstra que o Benfica é hoje uma equipa muito diferente da de há quatro anos.
O Benfica ainda marcou um terceiro golo por Javi, anulado pelo árbitro, por falta que só ele viu. O mesmo árbitro que na Luz não viu duas grandes penalidades a favor do Benfica, no jogo inaugural, contra a Académica. Coincidências…
E ainda poderia ter voltado a marcar por duas vezes, se tivesse havido mais sorte num caso e menos individualismo noutro.
Antes, jogou o Porto em casa contra o Rio Ave. Foi um jogo triste, sem chama, muito próprio da fase que o Porto atravessa. E essa tristeza contagiou o Rio Ave que foi uma sombra da equipa que jogou na Luz. Facto que o seu treinador de certo modo confirmou quando disse que o Rio Ave jogou com muito respeito pelo Porto… E com esta já é a quarta ou a quinta vez que os adversários do Porto, no Dragão, jogam muito abaixo do seu real valor. Mistérios…
Prova do desnorte e do desequilíbrio emocional que já atingiu o treinador do Porto, é o modo como respondeu às perguntas dos jornalistas e ao facto de ter confessado que o importante era ganhar, nem que fosse com golos marcados com a mão!
Espantoso que, com excepção de Fernando Correia, nenhum comentador desportivo tenha feito alusão a esta incrível declaração!

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