JOGO EMOTIVO NA LUZ
Cedo se percebeu que o Benfica deste domingo não iria repetir o dos últimos quatro jogos. Nem humanamente seria exigível. A intensidade dos últimos jogos, depois de uma série de jogos de três em três dias, não poderia repetir-se.
As corridas de Gaitan, de Salvio, de Maxi, pelas laterais, e a própria manobra atacante eram diferentes. Um pouquinho mais calmas. Mesmo assim, provavelmente mais rápidas que as de qualquer outra equipa portuguesa. Mas quem está habituado a ver jogar o Benfica a cem a hora, logo se percebeu que este jogo iria ser mais pausado.
Mais pausado não significa menos seguro. Nem menos dominador. Pelo contrário, o Benfica dominou o tempo todo e jogou a maior parte do jogo no campo adversário.
O Marítimo, por seu turno, com jogadores rápidos na frente, esperou o tempo todo por uma descompensação do Benfica para poder marcar. Não o conseguiu. O golo que marcou, quando o domínio do Benfica já era avassalador, ocorreu a cerca de 15 minutos do fim, num lance de bola parada: um canto. Uma excelente impulsão de Robson, vindo de trás, deixou-o mais alto que as
Cedo se percebeu que o Benfica deste domingo não iria repetir o dos últimos quatro jogos. Nem humanamente seria exigível. A intensidade dos últimos jogos, depois de uma série de jogos de três em três dias, não poderia repetir-se.
As corridas de Gaitan, de Salvio, de Maxi, pelas laterais, e a própria manobra atacante eram diferentes. Um pouquinho mais calmas. Mesmo assim, provavelmente mais rápidas que as de qualquer outra equipa portuguesa. Mas quem está habituado a ver jogar o Benfica a cem a hora, logo se percebeu que este jogo iria ser mais pausado.
Mais pausado não significa menos seguro. Nem menos dominador. Pelo contrário, o Benfica dominou o tempo todo e jogou a maior parte do jogo no campo adversário.
O Marítimo, por seu turno, com jogadores rápidos na frente, esperou o tempo todo por uma descompensação do Benfica para poder marcar. Não o conseguiu. O golo que marcou, quando o domínio do Benfica já era avassalador, ocorreu a cerca de 15 minutos do fim, num lance de bola parada: um canto. Uma excelente impulsão de Robson, vindo de trás, deixou-o mais alto que as
“torres” do Benfica, e teve ainda a felicidade, ou a arte, de colocar a bola no poste direito de Roberto, completamente fora do seu alcance.
Apesar de cansado, o Benfica reagiu e com muita alma. Impulsionado por um público que redobrou o apoio depois de a equipa estar em desvantagem, o Benfica continuou a atacar com mais entusiasmo ainda.
Fábio Coentrão, sempre incansável, tão extraordinário na sua técnica como na sua garra, fez um magnífico passe cruzado, rasteiro, fora do alcance dos defesas e do guarda-redes do Marítimo a que Salvio acorreu, marcando, com a velocidade e o sentido de oportunidade que se lhe reconhece.
O guarda-redes do Marítimo, que já vinha realizando uma grande exibição, continuou a defender tudo o que lá ia, como um remate de cabeça de Kardec, entretanto em jogo por substituição com Javi, que a todos parecia indefensável.
Mais uns minutos e Luisão, também de cabeça, marcou um golo que o árbitro anulou. Certo ou errado? Luisão não tocou no guarda-redes, mas Cardozo que estava á sua frente, de costas para a baliza, viu o guarda-redes chocar contra si, sem que da sua parte tivesse havido a mínima intenção de o impedir de jogar. Na Inglaterra seria golo. Em Portugal, depende de quem o marca e do tempo em que é marcado. Não haveria nada a opor se todos os árbitros, em circunstâncias idênticas, anulassem lances iguais. Mas, como se sabe, não o fazem.
Pouco depois, em mais uma bola na área, Fábio Coentrão, com muitos jogadores à sua frente, dominou a bola com o pé esquerdo e marcou com o pé direito um grande golo. Fechava com chave de oiro para o Benfica, um jogo muito emotivo.
É natural que os jogadores do Marítimo sintam uma certa frustração, porque perderam um jogo que a nove minutos do fim estavam a ganhar. Mas apenas não têm de que queixar. Perderam bem. E nem se compreendem muito bem nem as reacções de alguns jogadores do Marítimo no fim do jogo, nem as declarações do seu treinador (com sotaque do norte), que parece querer responsabilizar parcialmente a equipa de arbitragem pelo que aconteceu.
Nada, porém, mais injusto. Pois se o árbitro cometeu alguns erros – e cometeu – eles foram todos contra o Benfica. Além do golo anulado a Luisão, de que já falámos, há um claro penalty, na primeira parte, por mão na bola, que o árbitro com base num critério que permite jogar com os braços fora do perímetro do corpo, não marcou. E ainda um fora-de-jogo inexistente a Coentrão.
Do jogo fica a excelente exibição do guarda-redes do Marítimo, a “alma” e a classe de Coentrão, a quem o Benfica muito deve esta difícil vitória por 2-1.
Apesar de cansado, o Benfica reagiu e com muita alma. Impulsionado por um público que redobrou o apoio depois de a equipa estar em desvantagem, o Benfica continuou a atacar com mais entusiasmo ainda.
Fábio Coentrão, sempre incansável, tão extraordinário na sua técnica como na sua garra, fez um magnífico passe cruzado, rasteiro, fora do alcance dos defesas e do guarda-redes do Marítimo a que Salvio acorreu, marcando, com a velocidade e o sentido de oportunidade que se lhe reconhece.
O guarda-redes do Marítimo, que já vinha realizando uma grande exibição, continuou a defender tudo o que lá ia, como um remate de cabeça de Kardec, entretanto em jogo por substituição com Javi, que a todos parecia indefensável.
Mais uns minutos e Luisão, também de cabeça, marcou um golo que o árbitro anulou. Certo ou errado? Luisão não tocou no guarda-redes, mas Cardozo que estava á sua frente, de costas para a baliza, viu o guarda-redes chocar contra si, sem que da sua parte tivesse havido a mínima intenção de o impedir de jogar. Na Inglaterra seria golo. Em Portugal, depende de quem o marca e do tempo em que é marcado. Não haveria nada a opor se todos os árbitros, em circunstâncias idênticas, anulassem lances iguais. Mas, como se sabe, não o fazem.
Pouco depois, em mais uma bola na área, Fábio Coentrão, com muitos jogadores à sua frente, dominou a bola com o pé esquerdo e marcou com o pé direito um grande golo. Fechava com chave de oiro para o Benfica, um jogo muito emotivo.
É natural que os jogadores do Marítimo sintam uma certa frustração, porque perderam um jogo que a nove minutos do fim estavam a ganhar. Mas apenas não têm de que queixar. Perderam bem. E nem se compreendem muito bem nem as reacções de alguns jogadores do Marítimo no fim do jogo, nem as declarações do seu treinador (com sotaque do norte), que parece querer responsabilizar parcialmente a equipa de arbitragem pelo que aconteceu.
Nada, porém, mais injusto. Pois se o árbitro cometeu alguns erros – e cometeu – eles foram todos contra o Benfica. Além do golo anulado a Luisão, de que já falámos, há um claro penalty, na primeira parte, por mão na bola, que o árbitro com base num critério que permite jogar com os braços fora do perímetro do corpo, não marcou. E ainda um fora-de-jogo inexistente a Coentrão.
Do jogo fica a excelente exibição do guarda-redes do Marítimo, a “alma” e a classe de Coentrão, a quem o Benfica muito deve esta difícil vitória por 2-1.
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