segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A LENTA AGONIA DO SPORTING



A DESPEDIDA DE LIEDSON E O RESTO…

A situação do Sporting já aqui foi analisada demoradamente. De certa forma, o momento que hoje se vive era previsível e mais dia, menos dia tinha de acontecer. Os grandes responsáveis pela actual situação são todos aqueles que dominam o Sporting depois da intervenção Roquete, que, aliás, mais não é do que a prova da incapacidade de adaptação do Sporting aos novos tempos.
Todavia, a actual nomenklatura é muito mais responsável do que aqueles que os antecederam. Desde os que falam diariamente nas televisões, aos que são chamados a “representar” o Sporting, até aos que efectivamente o dirigem, todos eles, sem excepção, optaram por um caminho que somente poderia levar ao abismo.
A fúria anti-benfiquista que os anima, a aliança com o Porto, que trata o Sporting entre o paternalismo descarado e estado de espírito de quem se prepara para lançar uma OPA amigável, só poderia levar ao que se está a ver.
Completamente desligados do sentir dos associados, tomando o clube como uma coisa sua, esta gente, se não for corrida no próximo acto eleitoral, levará o Sporting para os patamares mais baixos da sua história, se não mesmo para o seu fim.
O que se acaba de passar com Liedson é elucidativo. O jogador diz que não forçou a saída, mas não desmente que o Sporting lhe devia dinheiro. A direcção, em gestão, sente-se autorizada a vender ao desbarato o mais valioso jogador do Sporting nos últimos sete anos sem ter dado uma explicação cabal para a sua saída. No jogo de despedida, os adeptos choram a saída de Liedson, como quem antecipa a certeza de um futuro ainda mais triste. E depois de tudo isto, menos de oito dias depois de o jogador ter saído, o director desportivo do clube, Costinha, vem dizer que a saída de Liedson foi um negócio ruinoso. Antes disso, para tornar a situação ainda mais cómico-trágica, o treinador vem dizer (pedir) para que o jogador, antes de partir, ainda faça mais "dois joguinhos".
É muito, mesmo para um clube de bairro. Para um clube como o Sporting parece ser o presságio de um triste toque a finados.

Sem comentários: