NACIONAL E ESTRANGEIRO
O Benfica ganhou todos os jogos da fase de grupos da Taça da Liga, qualificando-se para a meia-final, na qual defrontará o Sporting, na Luz.
O Sporting perdeu o último jogo no Estoril, numa partida muito pobre, voltando a deixar inúmeras dúvidas sobre o que será o Sporting até ao fim da época.
O treinador desculpou-se com as duas penalidades assinaladas a favor do Estoril, mas nada disse sobre o último jogo do campeonato, contra o Marítimo, no qual foram perdoadas duas grandes penalidades ao Sporting e não foi assinalada a falta do jogador que marcou o primeiro golo, cometida na própria jogada do golo.
A situação que se vive no Sporting faz prever que não chega a magnífica forma de Rui Patrício para resolver todas as situações, nomeadamente a partir de agora que vai deixar de contar com Liedson.
Esta é, de resto, uma transferência incompreensível, principalmente para os adeptos, pois não estando em jogo nenhuma especial receita – na melhor das hipóteses cerca de dois milhões de euros…embora o Corintians negue – não se percebe como pode o Sporting dar-se ao luxo de dispensar a meio da época o seu mais emblemático jogador dos últimos sete anos. De facto, Liedson é um caso raro de jogador que reúne em si várias qualidades de ponta de lança. Joga bem de cabeça, tem um apurado sentido posicional, “rouba” bolas aos defesas ou aos guarda-redes em zonas fatais para quem as perde, joga com ambos os pés, enfim, passarão certamente muitos anos até que o Sporting volta a ter alguém como ele. Alguém tão importante que, quando estava em forma, conseguia disfarçar as debilidades de toda uma equipa. Também terá os seus defeitos e por eles terá pago o Sporting por mais de uma vez, em momentos cruciais, mas também nesses casos o grande responsável foi o clube…que não soube impor-se.
Voltando ao Benfica: apesar das vitórias em série, treze, há a sensação de que o Benfica vai hoje às Antas com pouco à vontade. Há qualquer coisa tanto no discurso de J. Jesus como dos jogadores que não entusiasma. E há uma insegurança defensiva latente, capaz de fazer tremer a equipa, mesmo nos melhores momentos. Ou como dizem outros: falta saber defender quando perde a bola. Vamos esperar para ver…
Entretanto, David Luiz foi-se, como se esperava. Não havia nada a fazer, mesmo que na hipótese absurda de o Benfica não precisar do valor da transferência, estava sempre em causa a impossibilidade de poder cobrir a oferta que o Chelsea fez ao jogador. São números astronómicos para o nosso campeonato.
Só desejar-lhe boa sorte e esperar que os adeptos do Benfica, quando o David Luuiz voltar à Luz, em jogos particulares ou oficiais, seja recebido como merece. E que eles percebam o que é hoje um profissional de futebol.
Em Espanha, Mourinho perdeu em Pamplona, face ao Osasuna e, para muita gente, disse adeus ao título. Desculpou-se depois com os vários jogos que o Real tem feito, mas o que realmente continua a pesar na equipa, além da copiosa derrota de Barcelona, é Mourinho não ter podido “montar” uma equipa à sua maneira: uma equipa muito defensiva, com um avançado capaz de pelear com três defesas ou mesmo quatro e que, além disso, não falhe as oportunidades de que dispõe.
É claro que Mourinho gostaria também de ter presente o “ensinamento” de Pinto da Costa: não deixar que haja surpresas nos jogos contra os pequenos, principalmente quando estão no fundo da tabela. Só que Mourinho não pode usar em Espanha os mesmos recursos que Pinto da Costa, em Portugal, usava para ele…
Por outro lado, continua a ser muito difícil para a gente do Real Madrid perceber por que é o Barça aplaudido nos campos onde vai jogar (e Messi endeusado) enquanto o Real é assobiado (e Ronaldo detestado). Este clima pode ser fatal para Mourinho…
Por outro lado, continua a ser muito difícil para a gente do Real Madrid perceber por que é o Barça aplaudido nos campos onde vai jogar (e Messi endeusado) enquanto o Real é assobiado (e Ronaldo detestado). Este clima pode ser fatal para Mourinho…
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