quinta-feira, 7 de abril de 2011

CHAMPIONS LEAGUE


PRIMEIRA MÃO DOS QUARTOS DE FINAL


Começam a cair os primeiros sonhos de vitória. Ontem foi a vez de o Inter ser copiosamente derrotado em casa pelo Schalke 04 num jogo que até começou muito bem para os italianos, com um extraordinário golo de Stankoviks, que, pouco depois, iria abandonar a partida lesionado.


Quando a Liga começou, muitos foram os que acreditaram, a começar pelo Benfica, que o Schalke seria uma equipa acessível, além do mais por estar mal classificada na Bundesliga. A verdade é que depois de se ter classificado em primeiro lugar na fase de grupos e de ter eliminado contundentemente o Valência, se prepara para, daqui a oito dias, fazer o mesmo ao campeão europeu em título – o Inter de Milão, já que não é nada provável quer os italianos consigam reverter uma derrota por 5-2.

Com excelentes jogadores no ataque, onde Raul está com melhor desempenho do que nos últimos anos do Real Madrid, com um grande guarda-redes, além de uma defesa relativamente segura, já não constituiria surpresa se o Schalke 04 viesse a defrontar na final o vencedor do mais que previsível Real Madrid-Barcelona das meias-finais.

No outro jogo, o Real Madrid venceu normalmente o Tottenham por 4-0. Apesar de todo o seu voluntarismo, os londrinos de White Hart Lane deveriam ter ficado na fase anterior se o Milan, em San Siro, tivesse estado minimamente inspirado e não tivesse feito tantas asneiras. De todos os jogos, este era certamente o mais fácil. Mesmo assim, Mourinho arriscou muito, com a sua habitual arrogância e autoritarismo, fazendo jogar Ronaldo contra o parecer dos médicos. Veremos as consequências…

Nos jogos de hoje, o Chelsea foi batido em Londres por 1-0 pelo Manchester United, que já não ganhava em Stamford Bridge desde 2002. O Chelsea parece uma equipa sem alma e, principalmente, sem comando. Ancellotti deve ter hoje selado o seu próximo destino, a anunciar no fim da época.

Sem David Luiz, que não pode jogar na Champions por já lá ter jogado este ano pelo Benfica, e com uma dupla de avançados – Torres e Drogba - que não só não marca golos como até parece que impede Anelka de os marcar, o Chelsea está transformado numa pálida imagem do que já foi. Apesar de lá militarem ainda algumas grandes vedetas, há também muito jogadores em fim de carreira ou, como acontece na Inglaterra, em vias de down grade para um clube de segunda linha. Muito dificilmente o rumo da eliminatória se alterará na próxima terça-feira em Old Trafford.

Em Camp Nou, o Barcelona mais uma vez demonstrou que é uma equipa fantástica, mesmo quando parece que não está em grande forma. Tudo acontece com simplicidade e aparente facilidade, mesmo quando tem pela frente uma grande equipa como é o Shaktar Donetz. Um golo nos primeiros minutos, mais outro por volta da meia-hora, um terceiro no recomeço da segunda parte, um quarto no minuto seguinte ao golo dos ucranianos e mais um quinto a fechar fazem parecer simples o que é o resultado de uma grande classe.

Depois, o Barcelona tanto joga muito bem a atacar, como a defender e ainda melhor quando troca a bola no meio-campo. Torna-se, de facto, muito difícil jogar contra o Barcelona no momento actual. Parece uma equipa sem falhas.

Como tudo indica, vai haver dois grandes jogos, ou, pelo menos, um grande jogo, na próxima meia-final.

Num curto espaço de tempo, se tudo correr como se espera, o Real e Barça irão encontrar-se por quatro vezes. Mourinho vai fazer dos jogos a eliminar os jogos do ano e sabe-se como ele costuma ser forte neste tipo de jogos…

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