terça-feira, 19 de abril de 2011

PARA COUCEIRO PERCEBER




NO RESCALDO DO PORTO-SPORTING DE DOMINGO PASSADO

No fim do jogo de domingo passado, Couceiro dirigiu algumas críticas à arbitragem, com muita moderação e sem o ar agressivo que usou na Luz, apesar de não haver qualquer espécie de comparação entre as duas arbitragens.
Couceiro sabia onde estava, local que ele conhece bem por experiência própria, por isso limitou-se a fazer o "número" que lhe competia sem ter sido acintoso, aliás na linha do que tem sido o Sporting dos últimos tempos relativamente ao Porto.
Mas entre as coisas que disse, uma houve causou profundo mal-estar nas hostes portistas, não obstante a sua razoabilidade.
Disse Couceiro: “Os bancos (de suplentes e técnicos), em Portugal, deveriam estar colocados como em Espanha; a equipa visitante deveria ter o banco do lado direito e a visitada do lado esquerdo”.
O objectivo é evidente: evitar que a equipa da casa passe o tempo todo a pressionar o fiscal de linha. Aliás, a medida é tão acertada que até deveria ser imposta pela FIFA.
Resposta de Pinto da Costa: “Como ele (referindo-se a Couceiro) vai deixar de treinar o Sporting dentro de três jornadas, na próxima época que arranje uma equipa da Liga espanhola para ter os bancos como ele gosta”.
Além de ser uma resposta ordinária, de mau gosto, como são quase todas as intervenções de Pinto da Costa, ela é muito mais do que isso. É a resposta de quem não aceita, nem admite que um seu ex-empregado formule propostas ou faça críticas prejudiciais ao “grémio portista”. Mais ainda: é uma resposta que contém implícita uma ameaça: com essa conversa já não arranjas aqui emprego (subentenda-se nas “filiais e “dependências” do Porto, que são muitas, como se sabe).
Couceiro corre assim o risco de não ser protegido pelo Sporting, como tudo indica, e de ter perdido um “amigo” que não admite infidelidades.
É assim o futebol português…

Sem comentários: