quarta-feira, 21 de março de 2012

AINDA A ARBITRAGEM DE BRUNO PAIXÃO



ARGUMENTOS?

 

Continua a campanha contra Bruno Paixão promovida pelo Sporting e apadrinhada pelo FCP. Agora corre na internet um abaixo-assinado a pedir a sua irradiação. E porquê?

Não se percebe bem porquê. Bruno Paixão não será certamente um árbitro excelente como não é nenhum outro que apita em Portugal. Deve ter cometido durante a sua carreira vários erros como também tantos outros. Parece haver contudo uma pequena grande diferença: é que contra as suas arbitragens têm protestado o Benfica, o Porto e o Sporting. Pedro Proença, por exemplo, poderá dizer o mesmo? Não, seguramente não pode.

E embora um erro seja sempre um erro e um erro grave seja sempre grave seja quem for que dele beneficia não deixa de constituir um ponto a favor de Bruno Paixão o facto de os três grandes serem os principais queixosos. Se no cômputo das suas arbitragens os pequenos acabam por ser aqueles a quem os seus erros involuntários aproveitam então a conclusão que se tem de tirar é que Bruno Paixão é uma excepção à regra. É que os erros de todas as outras arbitragens favorecem sempre, sem excepção, os grandes. E quando circunstancialmente um pequeno é favorecido isso somente acontece (certamente por acaso) para indiretamente favorecer outro grande.

Mas nem disto o Sporting se pode queixar em Barcelos. Que outro grande lucraria com os erros de arbitragem desfavoráveis ao Sporting?

Analisada friamente a arbitragem de Paixão no jogo Gil Vicente-Sporting o único erro que ele cometeu foi o de não ter mostrado um cartão amarelo a João Pereira por ter jogado a bola com a mão dentro da área.

A paranoia sportinguista (desculpem o termo, mas é mesmo disto que se trata) tem sido muito bem acompanhada nos media pelos comentadores afectos ao clube e por todos aqueles outros que, por razões tácticas, os apoiam. Argumentos, porém, não apresentam. Apenas e só insinuações. E perante a evidência dos factos tentam a sua desvalorização antecedendo-os de adjectivos dou de frases destinados a pô-los em dúvida. Perante uma mão dizem a alegada mão; se há uma entrada faltosa falam na alegada falta; se um jogador do Sporting faz falta merecedora de grande penalidade omitem a falta e limitam-se a dizer que o árbitro marcou outro penalty , para deixar na mente de quem lê a ideia de que o penalty é uma invenção do árbitro e não o resultado de uma infracção e assim sucessivamente. Truques de televisões e de comentadores que privilegiam a estupidez e desprezam a inteligência.

De facto, ninguém foi capaz de dizer com factos e interpretações correctas da lei onde é que o homem errou.

Francamente, perguntar a Pedro Henriques como é que ele teria feito é como encarregar um duplo repetente de explicar a matéria em que ele acaba de chumbar pela segunda vez. E aquela de Coroado dizer que apitar é mais do que aplicar um conjunto de regras e que faltam a Pedro Paixão qualidades para dirigir um grupo de homens só nos pode fazer rir. Coroado, o tal que é do Belenenses como antigamente se era da Académica, não tem a menor autoridade para falar nestes termos, pois se alguma coisa o caracterizava era exactamente o contrário daquilo que ele diz faltar a Bruno Paixão. Era um árbitro caprichoso, com tiques acentuados de autoritarismo e sem a inteligência nem a coragem moral para reconhecer os erros. Quem não se lembra daquela famosa expulsão de Cannigia contra o Sporting por ele, Coroado, ao mostrar-lhe o primeiro cartão amarelo ter suposto que lhe estava a mostrar o segundo?


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