quarta-feira, 7 de março de 2012

BENFICA DERROTA ZENITE E PASSA AOS QUARTOS-DE-FINAL



GRANDE MAXI PEREIRA
Maxi Pereira muito satisfeito



Contrariando as previsões mais pessimistas, o Benfica derrotou hoje à noite na Luz o Zénite de S. Petersburgo por 2-0 com golos de Maxi Pereira e de Nelson Oliveira.

O Zénite entrou no Estádio da Luz com a mesma estratégia que em Dezembro passado pôs em prática no Porto: aguentar o empate e tentar num contra-ataque, possibilitado pelo nervosismo e ansiedade da equipa adversária, marcar um golo que acabasse de vez com a eliminatória.

No Porto, a estratégia resultou, apesar de o Zénite não ter marcado. O empate a zero foi suficiente para eliminar o Porto e apurar o Zénite para a fase seguinte da Liga dos Campeões.

Durante a primeira parte o Zénite não chegou a criar nenhuma situação de perigo junto das redes benfiquistas, salvo um remate que poderia ter sido perigoso depois de uma brincadeira de Artur, enquanto o Benfica foi sempre uma equipa mais atacante, apesar de equilibrada, e poderia por Bruno César ou até por Maxi ter marcado mais cedo.

Não o fez e o empate até seria aceitável no fim da primeira parte se não tivesse havido, já nas compensações, aquela brilhante jogada de Witsel que Maxi – o melhor em campo – finalizou com êxito.

Na segunda parte, o Benfica sem verdadeiramente recuar, entregou de certo modo a condução do jogo ao adversário, esperando num contra-ataque fazer o segundo golo e tornar praticamente inviável para o Zénite a passagem na eliminatória.  

E teve essa oportunidade por mais de uma vez. Por Cardozo, duas vezes, por Witsel, por Jardel e por Nelson Oliveira.

A equipa do Benfica pareceu hoje mais fresca do que nos últimos jogos, principalmente Luisão que fez uma excelente exibição, parecendo, por isso, algo exageradas as palavras que aqui foram escritas sobre ele antes deste jogo. Jardel, jogando em substituição de Garay, cumpriu plenamente e fez um jogo interessante.

Gaitan também fez hoje o seu melhor jogo depois do Natal, embora não ainda ao nível dos realizados na primeira parte da época. Do outro lado do campo, Bruno César foi um excelente jogador de equipa, incansável, batalhador e sempre presente atrás e à frente. Não marcou, mas jogou muito bem.

Javi e Witsel no meio-campo estancaram a maior parte das iniciativas do Zénite. Javi mais discreto mas muito eficiente e Witsel exuberante tanto quando jogou a médio como quando avançou para apoiar Cardozo e depois Nelson Oliveira. Fez também um grande jogo.

Nas alas Maxi foi simplesmente fantástico! Um poço de energia e de combatividade. Ele foi a muito justo título o homem da noite, não apenas pelo golo que marcou – e já não seria pouco – mas pela forma como se bateu incansavelmente durante toda a partida. Emerson cumpriu, não cometeu nenhum erro e apoiou várias vezes a equipa na frente.

Cardozo esteve apático, como é seu hábito, e talvez perdulário de mais. Falhou um golo que teria acabado com o jogo muito mais cedo e não aproveitou outras oportunidades menos flagrantes que noutras circunstâncias talvez tivessem tido outro desfecho. Rodrigo esforçou-se, mas está longe de ter recuperado a forma de há cinco jogos atrás.

Jesus esteve bem nas substituições. Trocou Rodrigo por Nolito e, um pouco mais tarde, Gaitan por Matic. Nolito trouxe outra animação ao ataque e Matic mais consistência ao meio-campo. A dez minutos do fim Nelson Oliveira substituiu Cardozo.

É pena que este esperançoso jogador da formação benfiquista não jogue mais vezes. Jesus vai ter de apostar nele mais vezes e com isso ficará a ganhar o Benfica e a selecção, que certamente o não dispensará.

Bruno Alves entrou na segunda parte e foi muito assobiado pelo público da Luz sendo caso para perguntar em que sentido este comportamento do público condiciona o jogador: se negativa ou positivamente.

Como acima se dizia o Benfica, na segunda parte, permitiu ao Zénite a condução do jogo, mas isso não significa que alguma vez os russos tenham conseguido penetrar na área benfiquista. De facto, o único remate com algum perigo foi feito à entrada da área. O Benfica, pelo contrário, teve várias oportunidades de golo e acabou por fazê-lo por Nelson Oliveira igualmente nos descontos finais. Um bom golo.

Por último, uma palavra muito especial para o árbitro. Toda a gente sabe que Howard Webb é um excelente árbitro. Na Luz ele deu uma verdadeira lição de arbitragem. Impôs-se pela categoria. Todas aquelas palhaçadas que ocorrem nas competições portuguesas e a que os árbitros dão guarida tiveram no jogo da Luz a resposta devida: o árbitro pura e simplesmente ignorou-as sem que com isso tivesse perdido autoridade. Dá gosto ver arbitrar assim, principalmente num país onde os árbitros são tão ou mais responsáveis do que os jogadores por tudo o que acontece no campo.

Em Inglaterra a extraordinária recuperação do Arsenal (3-0) não foi suficiente para anular a desvantagem trazida de Milão. Por muito azar, mesmo muito, não marcou ao Arsenal na mesma jogada o quarto golo.

Assim, para já, Benfica e Milan nos quartos-de-final da Champions.

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