sexta-feira, 16 de março de 2012

BENFICA – CHELSEA

SPORTING – METALIST

A partir de agora já se sabe que encontros vai haver até à final das duas taças europeias.

Mais uma vez Mourinho teve sorte, muita sorte, no sorteio. Vai defrontar o Apoel que, embora sendo uma boa equipa – a equipa sensação da prova – não vai certamente impedir o Real Madrid de atingir as meias-finais. Seria o escândalo do século, se tal acontecesse. Portanto, em princípio, o Real Madrid defrontará o vencedor do confronto entre o Marselha e o Bayern de Munique, evitando, assim, aquilo que Mourinho mais temia, encontrar o Barcelona antes da final.

Do outro lado do sorteio estão os confrontos entre o Benfica e o Chelsea; e Barcelona e o Milan.

O Chelsea não tem feito uma boa época nas provas inglesas, mas na Europa não poderia ter feito melhor. Poderia ter tido melhores resultados, poderia ter evitado certos “apertos”, mas não estaria numa posição diferente daquela que está se tudo tivesse corrido de outra maneira.

O Chelsea parece corresponder, como adversário, aos desejos do treinador do Benfica. Mas talvez houvesse outros mais apetecíveis. O Chelsea tem jogadores muito experientes e com muita classe que tudo farão, numa prova com a Champions, para nela prosseguirem e tentarem demonstrar que não foi por culpa deles que a época correu mal na Inglaterra.

Por outro lado, também não é nada interessante para o Benfica defrontar jogadores que já alinharam na Luz, um deles – David Luiz – por várias épocas. É do interesse do próprio Benfica que sejam bem recebidos na Luz pelos adeptos.

Essa ideia de que o Benfica se dá bem com as equipas inglesas é uma tese que a história não confirma. Certamente que se dá muito melhor do que o FC do Porto que nunca lá ganhou, apesar de uma vez ter obtido um empate que valeu mais do que uma vitória. Mas na estatística global dos confrontos europeus, o Benfica tem um grande défice relativamente às equipas inglesas. O próprio Jorge Jesus foi copiosamente derrotado em Liverpool, em Anfield Road, num jogo em que se disputava a passagem da equipa às meias-finais da Taça UEFA. Portanto, mais uma vez mandaria a prudência que o treinador do Benfica fosse mais comedido.

Na outra taça, na Liga Europa, o Sporting aparentemente evitou as equipas mais difíceis – as espanholas e as alemãs – e talvez tenha ficado com a mais fraca. Mas isso não quer dizer que tenha a passagem às meias-finais assegurada. Só passará se for o mesmo Sporting que jogou em Lisboa contra o City e Sporting dos primeiros sessenta minutos de Manchester. Se a equipa facilitar, se não interiorizar o respeito pelo adversário, será meio caminho andado para ficar fora da prova.

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