segunda-feira, 26 de março de 2012

BENFICA E PORTO EMPATAM




BRAGA PODE SUBIR AO PRIMEIRO LUGAR


 

A jornada 24.º começou em Olhão e da pior maneira para o Benfica que depois deste regresso dos algarvios à primeira divisão ainda não conseguiu ganhar na "vila cubista”. Pelo terceiro ano consecutivo o Benfica empatou em Olhão, comprometendo seriamente as suas aspirações ao título e até ao segundo lugar.

E, mais uma vez, o Benfica só de si próprio pode ter razão de queixa. Uma primeira parte decepcionante, própria de quem esperava que algo acontecesse por acaso e não por mérito próprio. É certo que o Olhanense fez algum anti-jogo, mas não é menos verdade que o Benfica nada fez para o contrariar e, acima de tudo, não fez jogo.

Para uma equipa que diz manter intactas as aspirações ao primeiro lugar não deixa de ser estranho a apatia, a profunda apatia, com que encarou o jogo.

Na segunda parte Jesus fez entrar Aimar, mas na realidade pouco mudou. Aliás, Aimar dezassete minutos depois de ter entrado foi expulso numa jogada que poderia perfeitamente ter evitado. Não interessa saber se o grande maestro argentino agiu intencionalmente ou não: a decisão do árbitro está correcta e o Benfica não tem que se queixar da arbitragem. Embora tenha havido alguns erros, os maiores foram indiscutivelmente os praticados pelo clube da Luz.

No fim do jogo, Saviola, se estivesse a viver um período mais confiante, teria resolvido o jogo. Não o fez e esse falhanço também vem lembrar quão importante é, numa equipa como o Benfica, com o calendário sobrecarregado, ter uma dezena e meia de jogadores, ou até um pouco mais, que se sintam titulares para poderem estar sempre no máximo das suas faculdades quando entram em campo.

Na verdade, tem de ser motivo de profunda reflexão nas hostes benfiquistas o facto de nos últimos cinco jogos para o campeonato o Benfica ter somado apenas cinco pontos, perdido dez, marcado quatro golos e sofrido cinco! Francamente, que é que os árbitros têm a ver com isto! O Benfica não pode cair no ridículo em que está mergulhado o Sporting. Por um ou outro erro que tenha havido, e houve – há sempre! –, o erro maior é obviamente da equipa!

No dia seguinte, o Sporting lá ganhou dificilmente ao Feirense, último classificado, por 1-0. E os dirigentes leoninos e certamente os comentadores habituais da TV lá irão continuar com a conversa sobre os árbitros. O cúmulo do ridículo e da desfaçatez. De facto, quantas mais vezes se vêem as imagens da arbitragem de Bruno Paixão no jogo de Barcelos, mais se conclui que o homem teve razão nas decisões que tomou.

Pena que esteja agora a ser pessoalmente perseguido e ameaçado, bem como a família, por aqueles que no futebol não aceitam a derrota, cujo comportamento é sem sombra de dúvida favorecido ou até mesmo potenciado pelos comentários desonestos e sectários relativamente à arbitragem como foram os dos dirigentes e comentadores do Sporting, bem como de todos aqueles que nos órgãos de informação sob a capa de independentes lhes seguem as pisadas.

No domingo, a grande surpresa: empate do Porto em Paços de Ferreira. Com uma exibição superior à que vem sendo hábito em jogos anteriores, o Porto preparava-se para celebrar a vitória, quando, a poucos minutos do fim, o Paços empatou o jogo com um excelente golpe de Melgarejo na sequência de um canto.

Até esta altura Cássio tinha defendido tudo e o que ele não defendera o Porto desperdiçara. Por isso, não deixam de ser igualmente ridículas e até pouco sérias as declarações de Vítor Pereira sobre a arbitragem. Incrível como os treinadores tentar imputar aos árbitros as fraquezas ou os falhanços das equipas que dirigem.

Se em muitas outras ocasiões o Porto tem tido sorte, desta vez teve azar. Mas, como o que conta é o resultado, logo à noite o Braga lá estará contra a Académica a tentar chegar ao primeiro lugar. E depois, como será?

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