domingo, 17 de junho de 2012

GRÉÉÉÉÉCIA!!!!




KARAGOUNIS!!!
Giorgos Karagounis

Num jogo emocionante contra a Rússia a Grécia qualificou-se para os quartos de final do Euro 2012! Qualificadas as duas selecções durante grande parte do encontro por força do resultado que então se registava entre a Polónia e a República Checa, a Rússia viu dramaticamente fugir-lhe a qualificação a cerca de quinze minutos do fim a favor daquela selecção que havia batido por uns expressivos 4-1 e contra a qual fizera uma das melhores exibições do torneio. A um minuto do fim, a “inimiga” Polónia esteve quase a repor a Rússia nos quartos de final não fora a inesperada passagem pela linha de golo de um defesa checo que impediu a bola de entrar na baliza.

É assim o futebol! Com a alea própria do jogo tudo pode acontecer num desafio de futebol quando forças estranhas e inimigas da transparência não entram em campo para impor o “destino” já traçado antes de o jogo começar.

Este jogo teve o seu herói. E esse herói foi Karagounis. Foi ele que no tempo extra da primeira parte aproveitou um deslize do defesa direito russo para fazer o golo e foi ele que na segunda parte numa daquelas jogadas que só ele sabe fazer ao entrar pelo centro da área adversária acabou estatelado no solo por aquilo que ele jura, com benzeduras e orações, ter sido uma rasteira do defesa russo. O árbitro não entendeu do mesmo modo e castigou-o com um cartão amarelo. Logo a seguir numa jogada perigosa da contraparte Karagounis arriscou o segundo amarelo e a expulsão. Fernando Santos não perdeu tempo: substituiu-o para não ser expulso. E cá fora, sobre a linha e sempre mal sentado no banco, Karagounis continuou a vibrar como se estivesse lá dentro, temendo em cada lance a tragédia e esperando que o fim do jogo o consagrasse como herói.

Esta vivência grega, sempre exacerbada, sempre no limite, entre a tragédia e heroicidade, desta vez acabou como a Odisseia de Ulisses – aportou a Ítaca e prepara-se para retomar o trono conquistado em 2004!

A Rússia mais uma vez regressa a casa cedo. Com tão bons jogadores, com técnicos experientes e competentes ainda não foi desta que Rússia seguiu em frente. Falta qualquer coisa àquela imensidão…

A cerca de trezentos quilómetros de Varsóvia, em Wroclaw, perto das fronteiras da Alemanha e da República Checa, os checos puseram fora da prova o co-anfitrião para decepção de milhões de polacos que esperavam mais da sua selecção.

A festa continua hoje á mesma hora: mais dois seguirão em frente, mais dois ficarão pelo caminho. É a vida…


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