ENTREVISTADO POR JUDITE DE
SOUSA
Pela entrevista que Paulo Pereira Cristóvão, ex-vice
presidente do Sporting, ontem concedeu a Judite de Sousa na TVI ficámos a saber
que o arguido (suspeito da prática de vários crimes) é um estrénuo defensor do
segredo de justiça. Se esse crime, que é vulgar e corrente, ele não comete mal
andará o Ministério Público se supõe poder encontrar factos susceptíveis de
sustentar a acusação de outros bem mais graves. Por este lado estamos conversados.
E pelo outro também: ficou claro na entrevista do
ex-dirigente sportinguista que o Sporting, isto é, a direcção do Sporting, não
só tinha conhecimento de todos os actos por ele praticados enquanto dirigente
como é solidária com o autor de tais actos. Portanto, para bom entendedor, está
tudo dito.
Depois há aquela coisa do dinheiro na conta do árbitro: uma
série de coincidências sem qualquer significado, uma viagem à Madeira de um
subalterno de Cristóvão certamente para ajudar Jardim a reduzir o défice e uma
secretária que entregou um monte de notas ao dito viajante seguramente a título
de ajudas de custo.
O que é espantoso é que os órgãos de disciplina da Liga de
Clubes e da Federação continuem à margem de tudo isto, principalmente depois de
se ter ficado a saber que tudo o que se passou é da responsabilidade de todos,
isto é, do Sporting. Vão continuar os órgãos de disciplina daquelas entidades a
“assobiar para o lado” como se não tivessem nada com o assunto?
Para concluir só falta falar no defensor de Cristóvão. Que
outro indício seria necessário para fazer supor que os factos que lhe estão
sendo imputados são da responsabilidade de todos (Sporting) do que a escolha como seu
defensor de um conhecido causídico muito conhecido pela “extrema imparcialidade”
com que costuma tratar as questões do Sporting?
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