UMA PARTIDA MUITO
DIFÍCIL
A selecção portuguesa vai daqui a algumas horas defrontar uma
das melhores selecções alemãs de sempre. Pode ainda não ter ganho nada, nem
nunca chegar a igualar os feitos da geração de 70, mas nem por isso deixará de
ser uma das mais espectaculares selecções deste europeu.
Não é por isso exigível esperar muito da selecção portuguesa.
Sabe-se que em futebol tudo é possível, mas não é crível que esta noite venha a
ser um desses dias. Independentemente das incógnitas que ainda existem na composição da equipa alemã quanto a
dois ou três lugares, o mais certo é que, além de Manuel Neuer na baliza, na
defesa joguem Lahm, previsivelmente encarregado de marcar Ronaldo, e Boateng do
lado oposto. No meio é mais incerto fazer previsões, estando por desvendar qual
a dupla que Löw vai fazer alinhar.
A partir daí a Alemanha joga com uma espécie de um duplo meio
campo – mais recuados Schweinsteiger e Khedira e logo depois Müller, Özil e
Podolski. Na frente Mario Gomez ou Miroslav Klose. É uma equipa de respeito,
sem esquecer ainda a possibilidade de alinhar Kroos ou Schurrle ou ambos, o primeiro no
lugar de Khedira e o segundo em vez de Podolski.
Se a equipa portuguesa apresentar um sistema táctico
semelhante ao que exibiu contra a Macedónia e a Turquia será certamente uma
presa fácil para os alemães. Para fazer face ao poderosíssimo meio campo
alemão, Paulo Bento tem necessariamente que povoar o meio campo da equipa
portuguesa. Isso implica necessariamente não jogar com dois extremos puros como
são Nani e Ronaldo. Um deles tem de ser sacrificado, seja não alinhando, seja
passando Ronaldo para o centro do ataque e ficando Nani numa das pontas, preferentemente
na oposta à de Fábio Coentrão.
E depois será jogar com garra e muita vontade, sem desculpas.
Mas não haja ilusões: a tarefa é mesmo muito difícil e ninguém poderá ficar
surpreendido se a Alemanha ganhar com alguma folga, mesmo que Paulo Bento e os
jogadores façam o que quase toda a gente entende que eles têm para fazer.
Para terminar, ontem na TVI 24, o comentário sobre o Euro foi
lamentável. Um coro de “virgens ofendidas” não se cansou de censurar as
palavras de Manuel José, principalmente Pedro Barbosa um “menino muito bem comportadinho” dentro e fora do campo quando era
jogador. É preciso ter “lata”!
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