A MARCHA DO
EURO 2012
À medida que o Euro 2012 avança – e com os jogos de hoje
ficou concluída a primeira ronda dos quatro grupos – e se vai assistindo a
alguns grandes jogos e a excelentes exibições individuais, vai-se também consolidando
a ideia de que selecção portuguesa no confronto com as demais tem uma categoria
média baixa, à qual, além do jogo de equipa, falta também a presença de grandes jogadores.
Ontem vimos um grande jogo entre a Itália e a Espanha, no
qual brilharam a excelência táctica, mais da Itália do que da Espanha, e a
grande categoria individual dos jogadores em campo, mais da Espanha do que da
Itália. Mas nem numa nem noutra equipa os grandes jogadores deixaram de
aparecer. Iniesta foi fantástico durante todo o jogo, uma espécie de Zidane com
menos vinte centímetros, e Fabregas que, estando a jogar num lugar que não é o
seu, não deixou de na hora certa fazer a desmarcação e o remate decisivos. Do
lado italiano, o veterano Di Natali mais uma vez demonstrou a sua
extraordinária classe de goleador e de jogador de área, assim como Pirlo a quem a veterania não impede de ser o jogador à volta do qual toda a equipa gira.
Hoje, a França e a Inglaterra também proporcionaram um bom
espectáculo, um pouco à semelhança do anterior. A Inglaterra com muitas baixas,
algumas delas insubstituíveis, como é o caso de Rooney, soube colmatar com
eficácia táctica o que lhe faltou na qualidade técnica do conjunto. Enquanto a
França, muito renovada, mostrou sempre uma extraordinária vontade de ganhar e exibiu
a classe de vários talentos que todavia não foram suficientes para derrotar a
Inglaterra. Como nota interessante do encontro, o facto de os dois golos do
jogo terem sido marcados por jogadores do Manchester City (Nasri e Lescott)
O jogo seguinte, entre a Ucrânia e a Suécia, foi um dos jogos
mais emocionantes deste Europeu, muito provavelmente pelo brilhantismo que as
duas grandes vedetas dos dois países – Shevchenko Ibrahimovic – emprestaram ao
jogo.
Os grandes jogadores aparecem nos grandes palcos. E hoje
Shevchenko foi bem a prova cabal disso mesmo. Marcou dois golos extraordinários
– o segundo golo é uma verdadeira obra de arte pela forma como ludibriou
completamente as marcações – virou o jogo e foi digno da vibrante ovação com
que o Estádio de Kiev brindou a sua exibição. Ovação que se repetiu na sala de
imprensa quando se apresentou aos jornalistas para prestar declarações. Tanto
ele como o seleccionador da Ucrânia, o grande Blockin, mereciam esta vitória.
ESPANHA - 1 - ITÁLIA - I
CROÁCIA - 3 - REPÚBLICA DA IRLANDA - 1
FRANÇA - 1 - INGLATERRA - 1
UCRÂNIA - 2 - SUÉCIA - 1
Sem comentários:
Enviar um comentário