quinta-feira, 11 de março de 2010

A ELIMINAÇÃO DO REAL MADRID E DO MILAN

AS CONCLUSÕES QUE SE IMPÕEM

Já há muito se tinha percebido que o Real Madrid não é uma equipa. Tem alguns jogadores de excepção que podem em qualquer momento numa jogada individual desequilibrar a partida e torná-la vitoriosa para a sua equipa. Mas, mesmo numa prova a eliminar, onde todas as contingências podem desempenhar um papel, isso não chega, como se viu no jogo de hoje contra o Lyon.
Ronaldo joga no RM exactamente como joga na selecção portuguesa, com uma diferença não negligenciável: tem sido um pouquinho mais eficaz. Todavia, não basta, como se vê. E Kaká, incrivelmente substituído no jogo de hoje, joga no RM como não joga na selecção brasileira...e o resultado também está à vista.
Há qualquer coisa no RM que não deixa que em Bernabeu se forme uma equipa. Qualquer coisa que vem de trás, vícios, hábitos nocivos, clãs, enfim, algo que um simples treinador não estará em condições de resolver, embora no jogo de hoje tenha sido patente a incapacidade de na segunda parte a equipa ver o que se estava a passar.
Do ponto de vista desportivo a transferência de Ronaldo para o RM foi um erro. Ronaldo precisa de disciplina dentro e fora do campo. Não quer isto dizer que Ronaldo não seja um excelente profissional. Quer dizer que não basta ser um excelente profissional para brilhar como brilhou em Manchester.
Lá como cá quem vai pagar as “favas” é o treinador. Não admiraria que Pellegrini não acabasse a época.
No outro jogo, o Manchester goleou o Milan, 4-0, ficando patente mais uma vez quão distantes estão actualmente as equipas italianas do top do futebol europeu. Wayne Rooney, a quem Ronaldo muito deve, afirma-se em cada jogo como o melhor jogador europeu da actualidade.

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