sexta-feira, 18 de março de 2011

LIGA EUROPA: PASSARAM TODOS


GRANDE JORNADA DAS EQUIPAS PORTUGUESAS

As três equipas portuguesas em prova, Benfica, Porto e Braga, passaram aos quartos de final da Liga Europa.
O Benfica foi o primeiro a entrar em acção, em Paris, contra o PSG. E mais uma vez não entrou bem. O jogo não estava ligado, houve passes falhados em excesso e deu a sensação que o Benfica não estará na mesma forma em que já esteve este ano.
Mesmo assim, o Benfica foi o primeiro a marcar, num contra-ataque rápido conduzido por Aimar, que Gaitan, do lado esquerdo da área, rematou para o lado direito do guarda-redes. A bola com muita velocidade tomou um efeito que tornou inútil a estirada do guarda-redes.
Na sequência deste golo, o PSG reagiu e empatou num excelente golo, sem defesa para Roberto.
Qualquer coisa se passou tacticamente mal no Benfica do primeiro tempo, onde Javi Garcia esteve muito só no meio campo, apesar de Aimar ter frequentado zonas que normalmente não pisa.
Na segunda parte, o Benfica apareceu diferente, mais pressionante, com outra ligação, tanto assim que teve logo uma grande oportunidade de golo que Saviola desperdiçou. Saviola que haveria um pouco mais tarde de sair, substituído por Carlos Martins que deu outra consistência ao jogo do meio campo.
Com excepção dos últimos dez minutos, em que o PSG deu tudo por tudo para empatar a eliminatória, o Benfica aguentou o jogo com alguma tranquilidade.
O PSG foi, porém, sempre uma equipa muito combativa, mais ainda do que na Luz, mas não foi suficiente para vencer o Benfica.
Na equipa do Benfica, Roberto, Luisão e Fábio Coentrão estiveram enormes. O Benfica deve a Roberto o empate numa defesa impossível e a Fábio Coentrão a energia que transmitiu a toda a equipa. Depois da entrada de César Peixoto, Fábio Coentrão esteve em todo o lado, à direita, à esquerda, no meio a contra-atacar, tendo sido derrubado naquela que muito provavelmente ficaria como a jogada da jornada.
Gaitan cumpriu, acabou por ser substituído, muito mais tarde do que ele havia pedido, mas vê-se que não está com frescura física. Já Salvio fez um excelente jogo e pareceu recuperado. Saviola nunca foi este ano, nem campeonato, na UEFA, o Saviola do ano passado…e o Benfica tem-se ressentido disso.
Cardozo, uma presença na área, não marcou, nas deu muito trabalho à defesa contrária. Maxi, com muito trabalho, não fez um jogo semelhante ao da Luz, mas não foi pelo lado dele que o Benfica cedeu.
No PSG, Makelele, aos trinta e oito anos, continua a ser um maestro no meio campo. Já sem a força de outrora, mas nunca dos pés dele saiu um passe errado, tendo, pelo contrário, alimentado muito do jogo da sua equipa. Outro veterano, Jully, que jogou na parte final da partida, não teve oportunidade de incomodar o Benfica.
O Porto começou o jogo a ganhar. Num livre, longe da área, sobre a linha lateral, Hulk marcou em arco, tenso, em direcção ao poste contrário, tendo o guarda-redes sido lento a fazer-se à bola. Pouco depois, num desentendimento entre o defesa do CSKA e o guarda-redes, a bola acabou por sobrar para Guarin, que fez o segundo.
A eliminatória estava decidida, apesar de a equipa russa ter reduzido logo a seguir. Depois deste golo, o Porto controlou o jogo até ao fim, salvo numa jogada, na segunda parte, em que Wagner Love teve possibilidade de empatar.
Em Anfield Road, o Braga fez história. No mítico estádio do Liverpool, o Braga empatou com todo o mérito, a zero, perante um Liverpool irreconhecível, não só pela qualidade do seu jogo, mas pelo próprio ambiente do estádio.
O Braga só recuou um pouco no fim do jogo, mas desnecessariamente, porque a forma como estava a jogar dava para controlar a partida, sem sobressaltos, até ao fim.
Em conclusão: três equipas portuguesas nos quartos de final, a juntar ao Dínamo de Kiev, Twente, PSV, Villareal e Spartak de Moscovo.
É grande a probabilidade de duas equipas portuguesas se encontrarem na próxima eliminatória, o que aconteceria pela primeira vez na história do futebol português.

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