domingo, 20 de junho de 2010

HOLANDA, PRIMEIRA EQUIPA APURADA


CAMARÕES, PRIMEIRA ELIMINADA

A jornada de hoje veio mais uma vez lembrar, a quem esteja esquecido, que a supremacia europeia começa a ser posta em causa, não tanto do ponto de vista dos títulos ganhos, em que há igualdade com a América Latina, mas da prestação da generalidade das equipas em prova.
De facto, a Europa tem 13 equipas em prova e essa superioridade ao nível da participação relativamente aos outros continentes – 6 de África, 5 da América do Sul, 3 da Ásia, 2 da América do Norte, 2 da Oceânia e 1 da América Central – está longe de se demonstrar dentro do campo.
Apesar de a FIFA ser uma entidade muito conservadora não seria de estranhar que numa das próximas edições o peso da Ásia aumentasse em detrimento da Europa.
O Holanda-Japão deixou muito claro a dificuldade por que a Holanda passou para derrotar o Japão, que deu sempre uma excelente réplica, sem nunca se inferiorizar e que poderia perfeitamente ter empatado não fora, mais uma vez, um erro do guarda-redes. O jogo foi emotivo e o resultado poderia a todo o momento ter sido alterado. Não foi, mas o Japão aí está para discutir a passagem à fase seguinte com a Dinamarca.
No jogo seguinte, do Grupo D, entre o Gana e a Austrália, mais uma vez se assistiu a uma autopenalização dos australianos que foram forçados a jogar com dez durante a maior parte da partida.
Uma mão ou braço na bola sobre a linha de golo mandou Harry Kewell mais cedo para o balneário e permitiu o empate de penalty. É o segundo golo de penalty que o Gana marca.
A Austrália nunca se deu por vencida, lutou até ao fim e até poderia ter ganho. O empate, porém, ajusta-se melhor ao que se passou em campo. Cresce a curiosidade de saber o que podem fazer os australianos com onze em campo do princípio ao fim.
No jogo da noite, os Camarões foram mais uma vez derrotados, apesar dos inúmeros erros defensivos cometidos pela Dinamarca.
A ganhar por 1-0, em consequência de um golo clamoroso da defensiva dinamarquesa, Eto’o, pela forma como festejou, deve ter suposto que poderia, enfim, rivalizar com Roger Milla. Mais uma vez se enganou. Eto’o não tem condições para liderar uma equipa. Está de facto muito longe do seu compatriota mais famoso.
A Dinamarca é uma equipa que comete muitos erros, apesar de ser uma equipa voluntariosa, não sendo, portanto de estranhar que o Japão venha a acompanhar a Holanda nos oitavos de final.

Holanda 1 – Japão 0;
Gana 1 – Austrália 1;
Camarões 1 – Dinamarca 2.

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